quinta-feira, 30 de setembro de 2010

TESOURO DE LUZ




Nem sempre disporás de finança precisa para solver problemas ou extinguir aflições. Ninguém está impedido, entretanto, de acumular o tesouro de luz da esperança no próprio coração. Ninguém que não possa engajar-se nessa empresa de investimentos divinos. Todos necessitamos de semelhante apoio para viver e todos nos achamos habilitados a ministrá-lo, a fim de que os outros vivam.

Julgamos freqüentemente que a esperança seria providência apenas em auxílio dos últimos na retaguarda humana. No entanto, não é assim. As vítimas de frustração, tristeza, desequilíbrio ou desalento estão em todos os lugares.

Arma-te de compreensão e bondade para esparzir esse recurso de refazimento e renovação. Para isso, comecemos por omitir pessimismo e perturbação em todas as manifestações que nos digam respeito.

Os necessitados dessa luminosa moeda, a expressar-se por bênção de energia, se te revelam em todos os lances da experiência comum.

Emergem dos vales de penúria, onde podes estendê-lo em forma de socorro assistencial; entretanto, surgem muito mais do próprio campo de ação em que transitas e das cúpulas da organização social em que vives.

Doarás a todos os aflitos que te procurem semelhante amparo, a fim de que a força de realizar e de construir não se lhes esmoreça na vida.

Falarás de coragem aos que se fixaram no medo de servir, de perdão aos que se imobilizaram no ressentimento, de confiança aos tristes, de perseverança aos fracos, de paz aos que tombaram na discórdia e de amor aos que se reconheceram atirados à solidão.

Nem sempre lograrás ajudar com possibilidades monetárias – repitamos – mas, raciocinando com a bênção da caridade, podes ainda hoje entrar nas funções de poderosa usina distribuidora de otimismo e de fé. Não percas o ensejo de investir felicidade com esse tesouro de luz e amor porquanto, em verdade, onde não mais exista esperança desaparece o endereço da paz.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Encontro de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

ESFORÇO PESSOAL




As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.
Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos.
Estas realizações, no entanto, têm início nele próprio.
*
E possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives.
*
Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral.
*
Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado.
De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador. Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.
*
Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes que matam e mutilam milhões de homens, te sentes sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranqüilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.
*
A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas. Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.
*
As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios, que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. Muito embora, a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz, conseguirão apaziguar aquele que as receba. oferecendo-lhe reajuste e renovação.
Naturalmente, o teu empenho máximo não alterará o rumo das Leis de gravitação universal. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus.
*
Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.
A inundação resulta da gota de água.
A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.
A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.
Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.
A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma.
Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.
E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1988.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA...





Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?

Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. E ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação. - S. Luís. (Paris, 1860)

Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio?

Desde que no ato não entre a intenção de buscar a morte, não há suicídio e, sim, apenas, devotamento e abnegação, embora também haja a certeza de que morrera. Mas, quem pode ter essa certeza? Quem poderá dizer que a Providência não reserva um inesperado meio de salvação para o momento mais crítico? Não poderia ela salvar mesmo aquele que se achasse diante da boca de um canhão? Pode muitas vezes dar-se que ela queira levar ao extremo limite a prova da resignação e, nesse caso, uma circunstância inopinada desvia o golpe fatal. - S. Luís. (Paris, 1860.)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

ORGANOGRAMA- AEJE


ESFORÇO PESSOAL




As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.
Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos.
Estas realizações, no entanto, têm início nele próprio.
*
E possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives.
*
Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral.
*
Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado.
De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador. Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.
*
Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes que matam e mutilam milhões de homens, te sentes sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranqüilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.
*
A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas. Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.
*
As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios, que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. Muito embora, a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz, conseguirão apaziguar aquele que as receba. oferecendo-lhe reajuste e renovação.
Naturalmente, o teu empenho máximo não alterará o rumo das Leis de gravitação universal. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus.
*
Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.
A inundação resulta da gota de água.
A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.
A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.
Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.
A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma.
Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.
E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1988.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PALESTRAS- OUTUBRO

02/10/10 - RANNY CLAUDIA

Tema: LAÇOS DE FAMÍLIA



09/10/10 - FÁTIMA LINS

Tema: Allan Kardec nosso Codificador



16/10/10 - JARBAS C. FAGUNDES

Tema: Mundo em Transição



23/10/10 - SILVANI M. FRAZÃO

Tema: Influência dos Espíritos em Nossos Pensamentos


30-10-10- MARLUCE FERREIRA

Tema: Vida Além da Vida

ESMOLA E CARIDADE




Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.
Além dessa caridade, de ordem material, outra existe - a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.
Exemplos? Eis alguns:
Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.
Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto disprezivo de quem se julgue superior a nós.
Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.
Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentâneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.
Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.
Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.
Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhassemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.
Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.
Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.
Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.
Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.
Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.
Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.
Seríamos caridosos se não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.
Seríamos caridosos se, possuindo alguma parcela de poder, não nos deixássemos tomar pela soberba, tratando, os pequeninos de condição, sempre com doçura e urbanidade, ou, em situação inversa, soubéssemos tolerar, sem ódio, as impertinências daqueles que ocupam melhores postos na paisagem social.
Seríamos caridosos se, por sermos mais inteligentes, não nos irritássemos com a inépcia daqueles que nos cercam ou nos servem.
Seríamos caridosos se não guardássemos ressentimento daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram, que feriram o nosso orgulho ou roubaram a nossa felicidade, perdoando-lhes de coração.
Seríamos caridosos se reservássemos nosso rigor apenas para nós mesmos, sendo pacientes e tolerantes com as fraquezas e imperfeições daqueles com os quais convivemos, no lar, na oficina de trabalho ou na sociedade.
E assim, dezenas ou centenas de outras circunstâncias poderiam ainda ser lembradas, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.
Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.
Porquê?
É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.
Nós traímos, empregamos a violência, tratamos ou outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da Caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo, via de regra fazemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.
Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!
Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidas de espírito de renúncia para praticá-la.
Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque "a caridade é o cumprimento da Lei."
* * *
Calligaris, Rodolfo. Da obra: As Leis morais.
8a edição. Rio de Janeiro, RJ:FEB, 1998.

domingo, 26 de setembro de 2010

A DÁDIVA DE VIVER



Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem divina.

Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...

Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.

Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.

Sua vida na terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você.

Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida, tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.

Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.

Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias, e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.

Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça, ou da chuva a rolar sobre sua face.

Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma.

Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.

Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.

Sinta-se vivo ao apreciar o vôo da borboleta ou do pássaro à sua frente.

Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho, ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados fazendo e desfazendo-se sobre seus olhos.

Quão maravilhosa é a vida!

Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro universo, olhe o chão.

Quanta vida há no chão...

Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...

A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...

A aranha, a tecer sua teia caprichosamente, e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.

Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.

Somos caminhantes da estrada da reencarnação, somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres, mas que se tornarão luminosas e brilhantes.

Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.

Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.

A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.

E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.

Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver.

sábado, 25 de setembro de 2010

NOTAS DE CADA DIA




Convence-te de que não existem males eternos.
Toda dor chega e passa.

O dia é sempre novo para quem trabalha.
Não conserves ressentimentos.

A desilusão de agora será bênção depois.
A dificuldade é uma escola.

Servir é um privilégio.
Auxilia para o bem.

Nada reclames.
Gritos não valem.

Queixas não apagam dívidas.
Tristeza inerte é sinônimo de tempo perdido.

A paciência operosa realiza prodígios.
Fala acendendo a luz da esperança.

Esqueça as ofensas, quaisquer que sejam.
Agressores são doentes a serem medicados pelos recursos de Deus.

Não menosprezes a crítica.
Valoriza os amigos.

Respeite os adversários.
Resguarda a consciência tranquila.

Exerce a beneficiência por dever.
Hoje auxiliamos, amanhã seremos os necessitados de auxilio.

Não cobres tributos de gratidão.
Agradeçamos as bênçãos que Deus nos concede gratuitamente.

Prestigia a existência que a Sabedoria Divina te concedeu.
Muito importante recordar que, na morte, todos encontramos, antes de tudo, aquilo que fizemos da própria vida.

Olvida contrariedades, trabalhando e servindo sempre.
E, à frente de quaisquer obstáculo ou de quaisquer desenganos, não te esqueças de que o tempo de hoje continuará no amanhã.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Atenção, Médium: Francisco Cândido Xavier

NOTAS DE CADA DIA




Convence-te de que não existem males eternos.
Toda dor chega e passa.

O dia é sempre novo para quem trabalha.
Não conserves ressentimentos.

A desilusão de agora será bênção depois.
A dificuldade é uma escola.

Servir é um privilégio.
Auxilia para o bem.

Nada reclames.
Gritos não valem.

Queixas não apagam dívidas.
Tristeza inerte é sinônimo de tempo perdido.

A paciência operosa realiza prodígios.
Fala acendendo a luz da esperança.

Esqueça as ofensas, quaisquer que sejam.
Agressores são doentes a serem medicados pelos recursos de Deus.

Não menosprezes a crítica.
Valoriza os amigos.

Respeite os adversários.
Resguarda a consciência tranquila.

Exerce a beneficiência por dever.
Hoje auxiliamos, amanhã seremos os necessitados de auxilio.

Não cobres tributos de gratidão.
Agradeçamos as bênçãos que Deus nos concede gratuitamente.

Prestigia a existência que a Sabedoria Divina te concedeu.
Muito importante recordar que, na morte, todos encontramos, antes de tudo, aquilo que fizemos da própria vida.

Olvida contrariedades, trabalhando e servindo sempre.
E, à frente de quaisquer obstáculo ou de quaisquer desenganos, não te esqueças de que o tempo de hoje continuará no amanhã.




pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Atenção, Médium: Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A DÁDIVA DE VIVER



Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem divina.

Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...

Perdido na névoa densa que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.

Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.

Sua vida na terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você.

Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida, tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.

Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.

Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias, e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.

Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça, ou da chuva a rolar sobre sua face.

Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma.

Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.

Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.

Sinta-se vivo ao apreciar o vôo da borboleta ou do pássaro à sua frente.

Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho, ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados fazendo e desfazendo-se sobre seus olhos.

Quão maravilhosa é a vida!

Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro universo, olhe o chão.

Quanta vida há no chão...

Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...

A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...

A aranha, a tecer sua teia caprichosamente, e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.

Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.

Somos caminhantes da estrada da reencarnação, somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres, mas que se tornarão luminosas e brilhantes.

Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.

Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.

A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.

E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.

Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver.







quinta-feira, 23 de setembro de 2010

AJUDANDO


André Luiz

Você nem sempre terá o que deseja mas enquanto estiver ajudando aos outros encontrará os recursos de que precise.

Não se marginalize. Trabalhe.

Não reclame. Desculpe.

Não se lastime. Avance.

Não complique. Simplifique.

Cada qual de nós, seja onde for, está sempre construindo a vida que deseja.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A PALAVRA

ANDRÉ LUIZ


A palavra é indubitavelmente um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada – favorece o juízo.
Leviana – descortina a imprudência.
Alegre – espalha otimismo.
Triste – semeia desânimo.
Generosa – abre caminhos à elevação.
Maledicente – cava despenhadeiros.
Gentil – provoca o reconhecimento.
Atrevida – traz a perturbação.
Serena – produz calma.
Fervorosa – impõe a confiança.
Descrente – invoca a frieza.
Bondosa – ajuda sempre.
Cruel – fere implacável.
Sábia – ensina.
Ignorante – complica.
Nobre – tece o respeito.
Sarcástica – improvisa o desprezo.
Educada – auxilia a todos.
Inconsciente – gera amargura.

Por isso mesmo, exortava Jesus: - “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.

A palavra é a bússola de nossa alma, onde estivermos.

Conduzamo-la na romagem do mundo para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que nos abre as portas do coração às fontes luminosas da vida ou às correntes da morte.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ACENDE A LUZ




Ao longo do caminho em que jornadeias para diante, encontrarás a treva a cercar-te em todos os flancos.

Trevas da ignorância em forma de incompreensão, nevoeiros de ódio em forma de desespero, neblinas de impaciência em forma de lágrimas e sombras de loucura em forma de tentações sinistras.

Acende, porém, a luz da oração e caminha. A prece é claridade que te auxiliará a ver a amargura das vítimas do mal, as feridas dos que te ofendem sem perceber, as mágoas dos que te perseguem e a infelicidade dos que te caluniam.

Ora e segue, adiante.

O horizonte é sempre mais nobre e a estrada sempre mais sublime, desde que a oração permaneça em tua alma em forma de confiança e de luz.
André Luiz

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

FEIRA DA PECHINCHA- AEJE

FAÇA A SUA DOAÇÃO

A SERPENTE E O SÁBIO




Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.
A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:
- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

domingo, 19 de setembro de 2010

O QUE É SER MÉDIUM...




Suely Caldas Schubert

Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais súbitas;
acentuada sensibilidade emotiva;
vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias;
calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça;
mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.

“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”

POR AMOR A DEUS





“Servindo de boa-vontade ao Senhor. . .” – PAULO. (Efésios, 6:7.)


Não importa que o filho-problema te arranque lágrimas de aflição se o abraças na condição da criatura eterna que Deus te deu a encaminhar.

Não existe sofrimento na abnegação, em favor de pais incompreensivos, se a eles te consagras na certeza de que os encontraste por benfeitores a que Deus te guiou, a fim de que os entendas e auxilies no reajustamento necessário.

Não há dor no sacrifício por alguém no lar ou no grupo social se temos nesse alguém a presença de uma criatura difícil que Deus colocou em nosso caminho, para que lhe sirvamos de apoio.

Não existem lágrimas nos encargos de auxílio ao próximo, bastas vezes inçadas de aversões gratuitas, se as acolhemos por serviço que Deus nos entrega, no qual se nos apagam os impulsos da personalidade, a fim de que nos transformemos em auxílio aos semelhantes.

Aceita a responsabilidade em tuas mãos ou as provas que o tempo te trouxe por trabalho que Deus te confia, trabalhando e servindo, compreendendo e auxiliando aos outros, por amor a Deus e mais depressa te desfarás de quaisquer sombras do passado, liquidando débitos e culpas, em serviço de amor a Deus, porque o amor a Deus se te fará luz no coração, fazendo-te viver ao sol do porvir.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Ceifa de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier

sábado, 18 de setembro de 2010

ASSUNTOS




É verdade.

Por mais que silencies e por mais que a prudência te assinale as manifestações, a vida te exige relacionamento.

E o relacionamento te pede falar.

Surgem aqueles que se referem ao tempo e às dificuldades do mundo.

Outros se reportam aos fatos da época em que vives, comentando ocorrências que a imprensa divulga.

E, em muitas ocasiões, anotas a inconveniência e a infelicidade dos apontamentos expostos.

Quando isso acontecer, respeita as qualidades e os créditos daqueles que comandam as notas que o boato acalenta e modifica a situação.

Todo diálogo assemelha-se à estrada de que se pode retirar esse ou aquele ramal para determinados fins.

À vista disso, quando a conversação ambiente se te mostre indesejável,usa tato e caridade e improvisa um ramal para o trânsito de novas idéias.

Feito isso, tanto quanto possível e se possível, auxilia aos circunstantes, falando de Jesus.


pelo Espírito Meimei - Do livro: Cura, Médium: Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O SURGIMENTO DE EMMANUEL




O SURGIMENTO DE EMMANUEL:
Conta Marcel Souto Maior, no saboroso "As vidas de Chico Xavier" que, "o ano de 1931 foi movimentado para Chico. E triste. Cidália morreu em março. Pouco antes de ir embora, chamou o enteado e fez um pedido: ele deveria evitar que João Cândido se desfizesse, novamente, dos filhos - seis dela e nove do primeiro casamento.
Ah, mãe, fique despreocupada. Eu prometo que, enquanto minha última irmã não estiver casada, minha missão no lar
não terá acabado.
Depois da promessa, o apelo.
Não vá embora, não. Com quem vou conversar sobre minhas visões? Quem vai acreditar em mim?
Num último esforço, Cidália o consolou.
Tenho fé de que você ainda há de encontrar aquelas pessoas do arco-íris* e elas vão te entender mais do que eu.
Chico se sentia sozinho apesar das visitas esporádicas da mãe e das sessões no Centro Luiz Gonzaga. Para escapar do coro dos céticos, ele arrastava os pés pelas ruas de terra do arraial e, com os sapatos sempre frouxos, tomava o rumo do açude. Aquele era seu refúgio. Ali, ele se encolhia à sombra de uma árvore, na beira da represa, encarava o céu e rezava ao som das águas. Em 1931, o bucolismo da cena deu lugar ao fantástico.
O rapaz teve sua conversa com Deus interrompida pela visita de uma cruz luminosa. Franziu os olhos e percebeu, entre os raios, a poucos metros, a figura de um senhor imponente, vestido com túnica típica de sacerdotes. O recém-chegado foi direto ao assunto.
Está mesmo disposto a trabalhar na mediunidade?
- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem.
- Você não será desamparado, mas para isso é preciso que trabalhe, estude e se esforce no bem.
O senhor acha que estou em condições de aceitar o compromisso?
- Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.
Diante do silêncio do desconhecido, Chico perguntou:
Qual o primeiro ponto?
A resposta veio seca:
Disciplina.
E o segundo?
Disciplina.
- E o terceiro?
Disciplina, é claro.
Chico Xavier concordou. E o estranho aproveitou a deixa:
- Temos algo a realizar. Trinta livros para começar.
O rapaz levou um susto. Como iria comprar tinta e papel? Quem pagaria a publicação de tantos títulos? O salário de caixeiro no armazém de Felizardo mal dava para as despesas de casa, os 13 mil-réis mensais eram gastos com catorze irmãos; seu pai era apenas um vendedor de bilhetes de loteria.
Chico arriscou uma previsão.
Papai vai tirar a sorte grande?
O forasteiro encerrou as apostas:
- Nada, nada disso. Sorte grande mesmo é o trabalho com fé em Deus. Os livros chegarão por caminhos inesperados.
O roteiro estava escrito. Restava ao matuto de Pedro Leopoldo seguir as instruções. Seus passos, tropeços e quedas, muitas quedas, seriam acompanhados de perto por aquele estranho a cada dia mais íntimo, O nome dele: Emmanuel,
o mesmo que tinha se apresentado a Carmem Perácio quatro anos antes. A missão: guiar o rapazote e evitar que ele fugisse do script traçado no além. Chico deveria colocar no papel as palavras ditadas pelos mortos e divulgar, por meio do livro, a doutrina dos espíritos." (As Vidas de Chico Xavier", Marcel Souto Maior, Edit. Planeta)

* A equipe de Espíritos chefiada por Emmanuel, e principalmente este, devido a grandeza e peculiaridade da tarefa, provavelmente possui (ou possuía) atmosfera espiritual colorida a lembrar um arco-íris, como dizia Chico, pois de uma forma incompreensível para nós, as imagens ilustrativas de suas páginas foram sendo adornadas invariavelmente com um arco-íris. Podemos dizer mais: fazer isso tornou-se algo quase irresistível, enquanto que os fundos (ou backs) pendiam sempre para o marrom, a lembrar chão, terra. Por não compreender-lhe o motivo, retiramos o arco-íris de quase todas ilustrações, preservando apenas a desta página; da página que apresenta Emmanuel em sua encarnação como Manoel da Nóbrega (onde o desejo de inserir imagens da fauna e flora brasileira, exuberante e colorida nos tons do arco-íris, também foi algo quase irresistível) e a que ilustra a página ainda em construção "Anjos do Brasil", dedicada aos Espíritos que velam pelo Brasil desde as suas primeiras horas, dentre eles Emmanuel. (Lori, Instituto André Luiz).
Vide: http://www.institutoandreluiz.org/manoel_da_nobrega.html
http://www.institutoandreluiz.org/anjos_do_brasil.html
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OBRA DE EMMANUEL




Dentre os mais de quatrocentos livros psicografados por Chico Xavier, cerca de 110 livros (com pouca margem de erro), pertencem unicamente a Emmanuel. Um número considerável, que se torna gigantesco quando acrescido das demais obras onde de uma forma ou outra ele participou, tanto com mensagens quanto com prefácios, alguns fartos e sumamente felizes, qual o que apresenta o livro "Libertação", de André Luiz.. Podemos dizer que, se longo foi o mandato de Chico, incansável foi o amor e a boa vontade de Emmanuel, em traçar pra nós, encarnados ainda em profunda necessidade, um um poderoso roteiro de luz espiritualizante. (Instituto André Luiz)

COMO EMMANUEL COMUNICOU A CHICO O NÚMERO DE LIVROS QUE DEVERIAM ESCREVER JUNTOS:
Chico Xavier: "Depois de haver salientado a disciplina como elemento indispensável a uma boa tarefa mediúnica, ele me disse: 'Temos algo a realizar.' Repliquei de minha parte qual seria esse algo e o benfeitor esclareceu: 'Trinta livros pra começar!' Considerei, então: como avaliar esta informação se somos uma família sem maiores recursos, além do nosso próprio trabalho diário, e a publicação de um livro demanda tanto dinheiro!... Já que meu pai lidava com bilhetes de loteria, eu acrescentei: será que meu pai vai tirar a sorte grande? Emmanuel respondeu: 'Nada, nada disso. A maior sorte grande é a do trabalho com a fé viva na Providência de Deus. Os livros chegarão através de caminhos inesperados!' Algum tempo depois, enviando as poesias de 'Parnaso de Além- Túmulo' para um dos diretores da Federação Espírita Brasileira, tive a grata surpresa de ver o livro aceito e publicado, em 1932. A este livro seguiram-se outros e, em 1947, atingimos a marca dos 30 livros. Ficamos muito contentes e perguntei ao amigo espiritual se a tarefa estava terminada. Ele, então, considerou, sorrindo: 'Agora, começaremos uma nova série de trinta volumes!' Em 1958, indaguei-lhe novamente se o trabalho finalizara. Os 60 livros estavam publicados e eu me encontrava quase de mudança para a cidade de Uberaba, onde cheguei a 5 de janeiro de 1959. O grande benfeitor explicou-me, com paciência: 'Você perguntou, em Pedro Leopoldo, se a nossa tarefa estava completa e quero informar a você que os mentores da Vida Maior, perante os quais devo também estar disciplinado, me advertiram que nos cabe chegar ao limite de cem livros.' Fiquei muito admirado e as tarefas prosseguiram. Quando alcançamos o número de 100 volumes publicados, voltei a consultá-lo sobre o termo de nossos compromissos. Ele esclareceu, com bondade: 'Você não deve pensar em agir e trabalhar com tanta pressa. Agora, estou na obrigação de dizer a você que os mentores da Vida Superior, que nos orientam, expediram certa instrução que determina seja a sua atual reencarnação desapropriada, em benefício da divulgação dos princípios espíritas-cristãos, permanecendo a sua existência, do ponto de vista físico, à disposição das entidades espirituais que possam colaborar na execução das mensagens e livros, enquanto o seu corpo se mostre apto para as nossas atividades.' Muito desapontado, perguntei: então devo trabalhar na recepção de mensagens e livros do mundo espiritual até o fim da minha vida atual? Emmanuel acentuou: 'Sim, não temos outra alternativa!' Naturalmente, impressionado com o que ele dizia, voltei a interrogar: e se eu não quiser, já que a Doutrina Espírita ensina que somos portadores do livre arbítrio para decidir sobre os nossos próprios caminhos? Emmanuel, então, deu um sorriso de benevolência paternal e me cientificou: 'A instrução a que me refiro é semelhante a um decreto de desapropriação, quando lançado por autoridade na Terra. Se você recusar o serviço a que me reporto, segundo creio, os orientadores dessa obra de nos dedicarmos ao Cristianismo Redivivo, de certo que eles terão autoridade bastante para retirar você de seu atual corpo físico!' Quando eu ouvi sua declaração, silenciei para pensar na gravidade do assunto, e continuo trabalhando, sem a menor expectativa de interromper ou dificultar o que passei a chamar de 'Desígnios de Cima." ( De "O Espírita Mineiro", n. 205, abril/junho de 1988).

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fatalidade e Livre-Arbítrio - Antes do regresso à experiência no Plano Físico, nossa alma em prece roga ao Senhor a concessão da luta para o trabalho de nosso próprio reajustamento.
Solicitamos a reaproximação de antigos desafetos.
Imploramos o retorno ao círculo de obstáculos que nos presenciou a derrota em romagens mal vividas...
Suplicamos a presença de verdugos com quem cultiváramos o ódio, para tentar a cultura santificante do amor...
Pedimos seja levado de novo aos nossos lábios o cálice das provas em que fracassamos, esperando exercitar a fé e a resignação, a paciência e o valor...
E com a intercessão de variados amigos que se transformam em confiantes avalistas de nossas promessas, obtemos a bênção da volta.
Efetivamente em tais circunstâncias, o esquema de ação surge traçado.
Somos herdeiros do nosso pretérito e, nessa condição, arquitetamos nossos próprios destinos.
Entretanto, imanizados temporariamente ao veículo terrestre, acariciamos nossas antigas tendências de fuga ao dever nobilitante.
Instintivamente, tornamos, despreocupados, à caça de vantagens físicas, de caprichos perniciosos, de mentiroso domínio e de nefasto prazer.
O egoísmo e a vaidade costumam retomar o leme de nosso destino e abominamos o sofrimento e o trabalho, quais se nos fossem duros algozes, quando somente com o auxílio deles conseguimos soerguer o coração para a vitória espiritual a que somos endereçados.
É, por isso, que fatalidade e livre-arbítrio coexistem nos mínimos ângulos de nossa jornada planetária.
Geramos causas de dor ou alegria, de saúde ou enfermidade em variados momentos de nossa vida.
O mapa de regeneração volta conosco ao mundo, consoante as responsabilidades por nós mesmos assumidas no pretérito remoto e próximo; contudo, o modo pelo qual nos desvencilhamos dos efeitos de nossas próprias obras facilita ou dificulta a nossa marcha redentora na estrada que o mundo nos oferece.
Aceitemos os problemas e as inquietações que a Terra nos impõe agora, atendendo aos nossos próprios desejos, na planificação que ontem organizamos, fora do corpo denso, e tenhamos cautela com o modo de nossa movimentação no campo das próprias tarefas, porque, conforme as nossas diretrizes de hoje, na preparação do futuro, a vida nos oferecerá amanhã paz ou luta, felicidade ou provação, luz ou treva, bem ou mal. (Nascer e Renascer, 4, FCXavier)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EMMANUEL




Emmanuel - Emmanuel foi o inesquecível guia de Chico Xavier, durante o seu longo apostolado mediúnico. Autor de mais de uma centena de livros de suma importância aos interesses do Espiritismo no Brasil, prossegue arrebatando admiradores sinceros e seguidores fiéis até os dias de hoje. Ao contrário de notícias vinculadas na imprensa espírita, dando conta de sua reencarnação ( ! ), prossegue trabalhando, desde o Plano Espiritual, na expansão de sua obra de evangelização espírita.
Primeira aparição de Emmanuel - Emmanuel, em seu primeiro contato com Chico Xavier mostrou-se dentro de raios luminosos em forma de cruz e com a aparência de um bondoso ancião. Mais tarde, captado por tintas mediúnico-artísticas, Emmanuel revelou-se um belo homem, de traços maduros e serenos, porém joviais e marcantes. Instado a revelar sua identidade, esquivou-se repetidas vezes, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo Planeta, padre católico (Manuel da Nóbrega), desencarnado no Brasil. (Chico Xavier, in "Emmanuel", 1938).
Emmanuel & Chico Xavier - Embora Chico Xavier tenha se iniciado no Espiritismo aos 17 anos, em 7 de maio de 1927 (fonte: FEB), apenas a partir de 1931 Emmanuel passou a guiar as suas mãos, sendo para este, segundo suas próprias palavras, "um viajante muito educado procurando domar um animal freado e irrequieto, afim de realizar uma longa excursão". (Pinga-Fogo, Edicel).
Apesar de apontamentos seguidos sobre a rígida disciplina aplicada por Emmanuel sobre Chico Xavier, este apenas teve sempre, sobre seu mentor, palavras de carinho e gratidão. E uma profunda admiração também, perceptível nesta declaração: "Solicitado para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, notei-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas idéias dos outros." Ou então: "Emmanuel tem sido para mim um verdadeiro pai na Vida Espiritual, pelo carinho com que tolera as falhas, e pela bondade com que repete as lições que devo aprender. Em todos estes anos de convívio estreito, quase diário, ele me traçou programas e horários de estudo, nos quais a princípio até inclui datilografia e gramática, procurando desenvolver os meus singelos conhecimentos de curso primário, em Pedro Leopoldo, o único que fiz agora, no terreno da instrução oficial."
Emmanuel permaneceu ao lado de Chico até suas derradeiras horas no Planeta. O médium morreu na noite de domingo, 30 de junho, aos 92 anos, de parada cardíaca, na cidade de Uberaba, MG, e onde passou grande parte de sua vida.
É impossível falar em Espiritismo ou em Chico Xavier, principalmente, sem recordar este grande Espírito que ao longo de várias e laboriosas décadas, consolidou a Doutrina Espírita no Brasil. Foi através de múltiplos ensinamentos e mensagens, que Emmanuel popularizou a Terceira Revelação sobre o solo brasileiro. Suas preciosas lições e incansáveis recomendações ecoam até hoje, através de livros e lembranças, a perpetuar um trabalho de imensurável valor e que se desenvolveu, certamente, sob a direção direita do Cristo. (©1999-2006 Instituto André Luiz - Conforme Lei dos Direitos Autorais nº 9.610, de 19.02.98)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

LIÇÕES DE NOSSO LAR





LOCALIZAÇÃO E SERVIÇOS
(Nosso Lar)
LIÇÕES DE NOSSO LAR
Localização e Serviços No Bosque das Águas No Campo da Música Amor, Alimento das Almas Noções de Lar O Bônus-Hora O Umbral As Trevas Index Homepage


Decorridas algumas semanas de tratamento ativo, saí, pela primeira vez, em companhia de Lísias.
Impressionou-me o espetáculo das ruas. Vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranqüilidade espiritual. Não havia, porém, qualquer sinal de inércia ou de ociosidade, porque as vias públicas estavam repletas. Entidades numerosas iam e vinham. Algumas pareciam situar a mente em lugares distantes, mas outras me dirigiam olhares acolhedores. Incumbia-se o companheiro de orientar-me em face das surpresas que surgiam ininterruptas. Percebendo-me as íntimas conjeturas, esclareceu solícito:
- Estamos no local do Ministério do Auxílio. Tudo o que vemos, edifícios, casas residenciais, representa instituições e abrigos adequados à tarefa de nossa jurisdição. Orientadores, operários e outros serviçais da missão residem aqui. Nesta zona, atende-se a doentes, ouvem-se rogativas, selecionam-se preces, preparam-se reencarnações terrenas, organizam-se turmas de socorro aos habitantes do Umbral, ou aos que choram na Terra, estudam-se soluções para todos os processos que se prendem ao sofrimento.
- Há, então, em "Nosso Lar", um Ministério do Auxílio? - perguntei.
- Como não? Nossos serviços são distribuídos numa organização que se aperfeiçoa dia a dia, sob a orientação dos que nos presidem os destinos.
Fixando em mim os olhos lúcidos, prosseguiu:
- Não tem visto, nos atos da prece, nosso Governador Espiritual cercado de setenta e dois colaboradores? Pois são os Ministros de "Nosso Lar". A colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze Ministros. Temos os Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina. Os quatro primeiros nos aproximam das esferas terrestres, os dois últimos nos ligam ao plano superior, visto que a nossa cidade espiritual é zona de transição. Os serviços mais grosseiros localizam-se no Ministério da Regeneração, os mais sublimes no da União Divina. Clarêncio, o nosso chefe amigo, é um dos Ministros do Auxílio.
Valendo-me da pausa natural, exclamei, comovido:
- Oh! nunca imaginei a possibilidade de organizações tão completas, depois da morte do corpo físico!...
- Sim - esclareceu Lísias -, o véu da ilusão é muito denso nos círculos carnais. O homem vulgar ignora que toda manifestação de ordem, no mundo, procede do plano superior. A natureza agreste transforma-se em jardim, quando orientada pela mente do homem, e o pensamento humano, selvagem na criatura primitiva, transforma-se em potencial criador, quando inspirado pelas mentes que funcionam nas esferas mais altas. Nenhuma organização útil se materializa na crosta terrena, sem que seus raios iniciais partam de cima.
- Mas "Nosso Lar" terá igualmente uma história, como as grandes cidades planetárias?
- Sem dúvida. Os planos vizinhos da esfera terráquea possuem, igualmente, natureza específica. "Nosso Lar" é antiga fundação de portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI. A princípio, enorme e exaustiva foi a luta, segundo consta em nossos arquivos no Ministério do Esclarecimento.
Há substâncias ásperas nas zonas invisíveis à Terra, tal como nas regiões que se caracterizam pela matéria grosseira. Aqui também existem enormes extensões de potencial inferior, como há, no planeta, grandes tratos de natureza rude e incivilizada. Os trabalhos primordiais foram desanimadores, mesmo para os espíritos fortes. Onde se congregam hoje vibrações delicadas e nobres, edifícios de fino lavor, misturavam-se as notas primitivas dos silvícolas do país e as construções infantis de suas mentes rudimentares. Os fundadores não desanimaram, porém. Prosseguiram na obra, copiando o esforço dos europeus que chegavam à esfera material, apenas com a diferença de que, por lá, se empregava a violência, a guerra, a escravidão, e, aqui, o serviço perseverante, a solidariedade fraterna, o amor espiritual.
A essa altura, atingíramos uma praça de maravilhosos contornos, ostentando extensos jardins. No centro da praça, erguia-se um palácio de magnificente beleza, encabeçado de torres soberanas, que se perdiam no céu.
- Os fundadores da colônia começaram o esforço, partindo daqui, onde se localiza a Governadoria - disse o visitador.
Apontando o palácio, continuou:
- Temos, nesta praça, o ponto de convergência dos seis ministérios a que me referi. Todos começam da Governadoria, estendendo-se em forma triangular.
E, respeitoso, comentou:
- Ali vive o nosso abnegado orientador. Nos trabalhos administrativos, utiliza ele a colaboração de três mil funcionários; entretanto, é ele o trabalhador mais infatigável e mais fiel que todos nós reunidos. Os Ministros costumam excursionar noutras esferas, renovando energias e valorizando conhecimentos; nós outros gozamos entretenimentos habituais, mas o Governador nunca dispõe de tempo para isso. Faz questão que descansemos, obriga-nos a férias periódicas, ao passo que, ele mesmo, quase nunca repousa, mesmo no que concerne às horas de sono. Parece-me que a glória dele é o serviço perene. Basta lembrar que estou aqui há quarenta anos e, com exceção das assembléias referentes às preces coletivas, raramente o tenho visto em festividades públicas.
Seu pensamento, porém, abrange todos os círculos de serviço, sua assistência carinhosa a tudo e a todos atinge.
Depois de longa pausa, o enfermeiro amigo acentuou:
- Não faz muito, comemorou-se o 114º aniversário da sua magnânima direção.
Calara-se Lísias, evidenciando comovida reverência, enquanto eu a seu lado contemplava, respeitoso e embevecido, as torres maravilhosas que pareciam cindir o firmamento...
Desejaria meu generoso companheiro facultar-me observações diferentes, nos diversos bairros da colônia, mas obrigações imperiosas chamavam-no ao posto.
- Terá você ocasião de conhecer as diversas regiões dos nossos serviços - exclamou bondosamente -' pois, conforme vê, os Ministérios do "Nosso Lar" são enormes células de trabalho ativo. Nem mesmo alguns dias de estudo oferecem ensejo à visão detalhada de um só deles. Não lhe faltará oportunidade, porém. Ainda que me não seja possível acompanhá-lo, Clarêncio tem poderes para obter-lhe ingresso fácil em qualquer dependência.
Voltamos ao ponto de passagem do aeróbus, que não se fez esperar.
Agora, sentia-me quase à vontade. A presença de muitos passageiros não me constrangia. A experiência anterior fizera-me benefícios enormes.
Esfervilhava-me o cérebro de úteis indagações. Interessado em resolvê-las, aproveitei o minuto para valer-me do companheiro, quando possível.
- Lísias, amigo - perguntei -, poderá informar-me se todas as colônias espirituais são idênticas a esta? Os mesmos processos, as mesmas características?
- De modo algum. Se nas esferas materiais, cada região e cada estabelecimento revelam traços peculiares, imagine a multiplicidade de condições em nossos planos. Aqui, tal como na Terra, as criaturas se identificam pelas fontes comuns de origem e pela grandeza dos fins que devem atingir; mas importa considerar que cada colônia, como cada entidade, permanece em degraus diferentes na grande ascensão. Todas as experiências de grupo diversificam-se entre si e "Nosso Lar" constitui uma experiência coletiva dessa natureza. Segundo nossos arquivos, muitas vezes os que nos antecederam buscaram inspiração nos trabalhos de abnegados trabalhadores de outras esferas; em compensação, outros agrupamentos buscam o nosso concurso para outras colônias em formação.
Cada organização, todavia, apresenta particularidades essenciais.
Observando que o intervalo se fazia mais longo, interroguei:
- Partiu daqui a interessante formação de Ministérios?
- Sim, os missionários da criação de "Nosso Lar" visitaram os serviços de "Alvorada Nova", uma das colônias espirituais mais importantes que nos circunvizinham e ali encontraram a divisão por departamentos.
Adotaram o processo, mas substituíram a palavra departamento por Ministério, com exceção dos serviços regeneradores, que, somente com o Governador atual, conseguiram elevação. Assim procederam, considerando que a organização em Ministérios é mais expressiva, como definição de espiritualidade.
- Muito bem! - acrescentei.
- E não é tudo - prosseguiu o enfermeiro, atencioso -, a instituição é eminentemente rigorosa, no que concerne à ordem e à hierarquia. Nenhuma condição de destaque é concedida aqui a título de favor. Somente quatro entidades conseguiram ingressar, com responsabilidade definida, no curso de dez anos, no Ministério da União Divina. Em geral, todos nós, decorrido longo estágio de serviço e aprendizado, voltamos a reencarnar, para atividades de aperfeiçoamento.
Enquanto eu ouvia essas informações, justamente curioso, Lísias continuava:
- Quando os recém-chegados das zonas inferiores do Umbral se revelam aptos a receber cooperação fraterna, demoram no Ministério do Auxílio; quando, porém, se mostram refratários, são encaminhados ao Ministério da Regeneração.
Se revelam proveito, com o correr do tempo são admitidos aos trabalhos de Auxílio, Comunicação e Esclarecimento, a fim de se prepararem, com eficiência, para futuras tarefas planetárias. Somente alguns conseguem atividade prolongada no Ministério da Elevação, e raríssimos, em cada dez anos, os que alcançam intimidade nos trabalhos da União Divina. E não suponha que os testemunhos sejam vagas expressões de atividade idealista. Já não estamos na esfera do globo, onde o desencarnado é promovido compulsoriamente a fantasma. Vivemos em círculo de demonstrações ativas. As tarefas de Auxílio são laboriosas e complicadas, os deveres no Ministério da Regeneração constituem testemunhos pesadíssimos, os trabalhos na Comunicação exigem alta noção da responsabilidade individual, os campos do Esclarecimento requisitam grande capacidade de trabalho e valores intelectuais profundos, o Ministério da Elevação pede renúncia e iluminação, as atividades da União Divina requerem conhecimento justo e sincera aplicação do amor universal.
A Governadoria, por sua vez, é sede movimentada de todos os assuntos administrativos, numerosos serviços de controle direto, como, por exemplo, o de alimentação, distribuição de energias elétricas, trânsito, transporte e outros.
Aqui, em verdade, a lei do descanso é rigorosamente observada, para que determinados servidores não fiquem mais sobrecarregados que outros; mas a lei do trabalho é também rigorosamente cumprida. No que concerne ao repouso, a única exceção é o próprio Governador, que nunca aproveita o que lhe toca, nesse terreno.
- Mas, nunca se ausenta ele do palácio? - interroguei.
- Somente nas ocasiões que o bem público o exige. A não ser em obediência a esse imperativo, o Governador vai semanalmente ao Ministério da Regeneração, que representa a zona de "Nosso Lar" onde há maior número de perturbações, dada a sintonia de muitos dos seus abrigados com os irmãos do Umbral. Numerosas multidões de espíritos desviados ali se encontram recolhidas.
Aproveita ele, pois, as tardes de domingo, depois de orar com a cidade no Grande Templo da Governadoria, para cooperar com os Ministros da Regeneração, atendendo-lhes os difíceis problemas de trabalho. Nesse mister, priva-se, às vezes, de alegrias sagradas, amparando a desorientados e sofredores.
Deixara-nos o aeróbus nas vizinhanças do hospital, onde me aguardava o aposento confortador.
Em plena via pública, ouviam-se, tal qual observara à saída, belas melodias atravessando o ar. Notando-me a expressão indagadora, Lísias explicou fraternalmente:
- Essas músicas procedem das oficinas onde trabalham os habitantes de "Nosso Lar". Após consecutivas observações, reconheceu a Governadoria que a música intensifica o rendimento do serviço, em todos os setores de esforço construtivo. Desde então, ninguém trabalha em "Nosso Lar", sem esse estimulo de alegria.
Nesse ínterim, porém, chegáramos à Portaria. Atencioso enfermeiro adiantou-se e notificou:
- Irmão Lísias, chamam-no ao pavilhão da direita para serviço urgente.
O companheiro afastou-se, calmo, enquanto eu me recolhia ao aposento particular, repleto de indagações íntimas.



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O BEM-AVENTURADO...




"Na paisagem invadida de sombras, a multidão sofria e lutava por encontrar uma porta libertadora.
Na movimentação dos infelizes, surgiam conflitos e padecimentos, incompreensões e entraves que somente serviam para acentuar a penúria e o medo, as aflições e as feridas reinantes no caminho.
Alguns beneméritos aparecerem com o objetivo de solucionar o enigma da região.
Culto orientador intelectual elevou-se à grande tribuna, envolvida igualmente de trevas, e procurou instruir e consolar a compacta fileira de sofredores, conquistando o respeito geral; contudo, nem todos lhe compreenderam as palavras e áridas discussões se fizeram no vale da espessa neblina.
Veio um grande benfeitor e, compadecido, distribuiu vasta provisão de alimento e agasalho aos famintos e aos nus, merecendo o aplauso de muitos; entretanto, achava-se limitado às possibilidades individuais e não pode atender a todos, perseverando o império da dor no círculo popular.
Surgiu um médico e dispôs-se a curar os corpos doentes e amparou a comunidade, quanto lhe foi possível, recebendo expressivo reconhecimento público; mas não conseguiu satisfazer a exigência total do extenso domínio de sombras, mantendo-se o vale na antiga situação de expectativa e discórdia.
Apareceu um filósofo e aconselhou regras especiais de meditação, atraindo o carinho e a gratidão dos pesquisadores intelectualizados; no entanto, era incapaz de resolver todos os problemas e a paisagem prosseguiu dolorosa e escura.
Mas, surgiu um homem de boa vontade que, depois de recolher bênçãos e valores, no serviço aos semelhantes, acendeu uma luz no próprio coração.
Maravilhoso milagre surpreendeu o vale inteiro.
Nem mais contendas, nem mais reclamações.
Precipitou-se a multidão para a claridade daquele que soubera transformar-se em lâmpada viva e brilhante, descortinando a estrada libertadora.
Tal benfeitor correspondia à exigência de todos e solucionava o problema geral.
E, por bem-aventurado, avançou para a frente, com o poder de guiar e auxiliar, por haver improvisado em si mesmo o poder silencioso de amar e servir.
Não duvidemos, em nossas dificuldades, de aprender e ensinar, recebendo as luzes do Alto e distribuindo-as no grande vale da luta humana.
Todos os títulos de fraternidade e benemerência são veneráveis, mas, o coração que se une ao Cristo e se converte em luz para todos os companheiros da romagem terrestre é, sem contestação, o autor feliz da caridade maior."
ANDRÉ LUIZ
(Apostilas da Vida, 19, F. C. Xavier, IDE)

domingo, 12 de setembro de 2010

SOCIEDADE




A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.

Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.

As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.

O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.

Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.

Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, bastas vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.

Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,.

E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinqüência.

Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.

Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.

Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestam, arrecadando a compensação das próprias obras.

Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosos costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.

Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.

pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

SEMINÁRIO MECANISMO DA MEDIUNIDADE



ASSISTÊNCIA FRATERNAL




Deus te compense, alma boa,
A ti, que estendes a mão,
Repartindo alegremente
Carinho, agasalho e pão.

Deus te envolva em alegria
Todo esforço de esquecer
A ofensa que se te faça,
Buscando a paz por prazer.

Deus te exalte o gesto amigo
Quando levantas alguém
Da tristeza do infortúnio
Para as estradas do bem.

Deus te engrandeça o trabalho
Com que te esqueces e vais
Auxiliar e servir
Àqueles que sofrem mais.

Por toda a bênção que espalhes
Que o mundo nem sempre diz
Que a Vida te recompense
E Deus te faça feliz.

pelo Espírito Maria Dolores- Do livro: A Vida Conta, Médium: Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DEPRESSÃO




Se trazes o espírito agoniado por sensações depressivas, concede ligeira pausa a ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar.
Se alguém te ofendeu, desculpa.
Se feriste alguém, reconsidera a própria atitude .
Contratempos do mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres.
Parentes difíceis repontam de todo núcleo familiar.
Trabalho é a lei do Universo.
Disciplina é alicerce da educação.
Circunstâncias constrangedoras assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de qualquer clima.
Imcompreensões com relação a caminho e decisões que se adotem são empeços e desafios, na experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho.
Agradar a todos, ao mesmo tempo, é realização imposível.
Separações e renovações representam imperativos inevitáveis do progresso espiritual.
Mudanças equivalem a tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida.
Conflitos íntimos marcam toda criatura que aspire a elevar-se.
Fracassos de hoje são lições para os acertos de amanhã.
Problemas enxameiam a existência de todos aqueles que não se acomodam com estagnação.
Compreendendo a realidade de toda a pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma, retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e, abraçando o trabalho que a vida nos deu a realizar, prossigamos à frente.
Emmanuel

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

JANELAS DA ALMA




O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que filtram os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.

De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter significação que nem sempre corresponde à realidade.

Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.

Na área do relacionamento humano as ocorrências também assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.

É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação a eles.

Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de observar bem os sucessos da caminhada humana.

De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vive-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.

Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando o uso de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.

Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu cortejo de ocorrências.

O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.

A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.

O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.

A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.

As janelas da alma são espaços felizes para que se espalhe a luz, e se realize a comunhão com o bem.


***


Esta mensagem nos convida a refletir sobre uma realidade especial: a realidade de que tudo na vida conspira a nosso favor; isto é, tudo trabalha para o nosso crescimento íntimo, e que nada que nos acontece visa nosso mal, embora muitas vezes possa parecer assim.

Abrir janelas na alma é tornar-se apto a descobrir essas novas realidades, que se bem compreendidas, tornam nosso viver menos árduo.

A lei de causa e efeito existe para nos educar, e não para nos punir...

A lei da reencarnação existe para nos dar novas oportunidades, e não para nos fazer sofrer...

A lei do amor existe para nos fazer feliz, pois só haverá júbilo em nossa alma quando concedermos a outros este mesmo sentir – eis o que chamamos “caridade”.

Abre janelas em tua alma, uma a cada dia, e deixa o sol da compreensão entrar.

Abre janelas em tua alma e concede-te sonhar, e continuar rumando em busca do sonho.

Abre janelas em tua alma e mostra ao mundo as muitas belezas que já existem lá. Podes até achar que não existem, mas tenha plena certeza de que sim... Elas estão lá...


Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do texto “Janelas na alma”, de Joanna de Ângelis, da obra “Momentos de Felicidade” psicografia de Divaldo Pereira Franco.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A SERENIDADE




Você já parou para observar, algum dia, como as pessoas andam pelas ruas apreensivas?

O semblante sempre carregado e o cenho franzido traduzem a angústia íntima. A problemática em que se encontram mergulhados.

Em alguns momentos, a impressão que se tem é que a maioria das gentes anda em batalha interior constante.

E nos perguntamos: Onde a serenidade? Em especial daqueles de nós que ostentamos o adjetivo de cristãos.

Acaso teremos esquecido a exortação de Jesus: A cada dia basta o seu cuidado? E aqueloutra:

Se pois Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé!

É por essa razão que, com regularidade, a Providência Divina permite que Seus missionários visitem a Terra, travestidos em corpos humanos e nas mais variadas frentes de trabalho.

Recordamos que em 1958, o Mundo assistiu à posse de mais um Papa. Os cardeais, em Roma, encontraram um sucessor para Pio XII, que morrera após dirigir os destinos da Igreja Católica por 19 anos.

Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu o papado com o nome de João XXIII. Ângelo Roncalli era um homem que causava um impacto sempre favorável nas pessoas.

Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um vivo senso de humor.

Surpreendeu pela coragem de inaugurar debates sobre temas intocáveis até então.

Em um documento asseverou que todos os homens têm direito de escolher a sua religião.

Em 1960, num dos seus escritos, ele registrou uma página com notável sentimento de religiosidade universal.

Chama-se O Decálogo da Serenidade e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz.

1ª Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez.

2ª Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência; cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo.

3ª Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro Mundo, mas também já neste.

4ª Hoje, apenas hoje, adaptar¬-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a se adaptarem aos meus desejos.

5ª Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida da alma.

6ª Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém.

7ª Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

8ª Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.

9ª Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem o contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.

10ª Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor. De modo especial não terei medo de gozar o que é belo e de crer na bondade.
* * *
Pense nisso!

O homem do futuro, que define as conquistas das virtudes nos esforços do presente, descobre o imenso prazer de ser bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Pense nisso! Mas, pense agora.
Redação do Momento Espírita, com base no texto O decálogo da serenidade,
da Revista Reformador de agosto de 1996, ed. Feb. Disponível no
CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.
Em 28.01.2008.