quinta-feira, 31 de março de 2011

APARARÊNCIAS




Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos. * Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão. * Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado. * Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante. * Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação. * Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos. * Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas. * Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência. * Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente. * Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama. * * * Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

quarta-feira, 30 de março de 2011

EXPERIÊNCIAS DIFÍCIES





A beleza física pode provocar tragédias imprevisíveis para a alma, se esta não possui discernimento. Excessivo dinheiro é porta para a indigência, se o detentor da fortuna não consolidou o próprio equilíbrio. Demasiado conforto é desvantagem, se a criatura não aprendeu a arte de desprender-se. Muito destaque é introdução a queda espetacular, se o homem não amadureceu o raciocínio. Considerável autoridade estraga a alegria de viver, se a mente ainda não cultiva o senso das proporções. Grande carga de responsabilidade extermina a existência daquele que ainda não ultrapassou a compreensão comum. Enorme cabedal de conhecimento, em meio de inúmeras pessoas ignorantes, vulgares ou insensatas, é fruto venenoso e amargo, se o espírito ainda não se resignou à solidão. Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ Do livro: AGENDA CRISTÃ Psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

terça-feira, 29 de março de 2011

VITÓRIA




Não adianta vencer sem melhorar-nos. O lugar em que você vive é o seu campo de ação. Os inimigos a vencer estão em nós mesmos. Os outros são sempre o público que nos segue. O seu setor de engajamento é o seu próprio trabalho. Comandos e ordenanças, companheiros e inspetores são os parentes e amigos. As suas armas eficientes e, das mais importantes, são o amor e a humildade, o conhecimento e a paciência. Ordens a observar: trabalhar e servir. Programa diário: "amar o próximo como a si mesmo". Sinal de promoção: dever cumprido. Marca de vitória: alegria interior com a bênção de Deus que nenhuma palavra do mundo consegue traduzir.


Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ Do livro: BUSCA E ACHARÁS Psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

domingo, 27 de março de 2011

PÁGINA ESTIMULANTE


Declara-se você de alma ferida e entrega-se ao desgosto, perdendo tempo. Entretanto, se você não sofre contrariedades e desapontamentos; se não encontra opositores; se não precisa lutar para vencer obstáculos; se não tem um parente difícil que lhe ajude o coração a curvar-se perante os outros; se não necessita servir por amor de alguém; se não carrega algum impedimento orgânico: se não suporta problemas em casa; se não conhece pessoas que lhe abrem caminho a provas e tentações... então, você estará correndo o risco de permanecer indefinidamente nas retaguardas da evolução. Lembre-se: a obra-prima de escultura é arrancada ao bloco de pedra pelo artista, a golpes de buril: igualmente, nós outros, sem o concurso da dificuldade e do sofrimento não seremos arrebatados ao mármore dos impulsos primitivistas. E se a obra-prima, antes de se corporificar, é sempre o ideal do artista dormindo na pedra, no mármore dos instintos, antes da necessária sublimação, cada um de nós é um sonho de Deus. Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ Do livro: BUSCA E ACHARÁS Psicografia de CHICO XAVIER

quarta-feira, 23 de março de 2011

NO RUMO DA LUZ




"Progredir é condição normal dos seres espirituais e a perfeição relativa ao fim que lhes cumpre alcançar." A GÊNESE Capítulo 11º - Item 9.

Mágoa injustificada nubla a face da tua alegria. Agasalhando-a, concedes tempo precioso a argumentação íntima desnecessária que te gasta em combate inútil.

Reclamas, porque companheiros levianos usaram do teu nome, fazendo-te co-autor de infâmias ou porque, infelizes, se referem maldosamente às tuas expressões, envenenando teus melhores conceitos, culminando por coroarem de espinhos os teus mais alentados sonhos.

Sofres, porque desejas esclarecer, pretendendo silenciar a boca da calúnia com o esparadrapo da inocência.

Consideras que as informações depreciadoras te prejudicam o trabalho tanto quanto a difamação pode corporificar-se em "verdades aceitas".

O desânimo sulca a gleba onde aras, habilmente instilado pela tua invigilância.

Reserva-te, porém, cuidados especiais.

Acautela-te, não em relação ao que digam, ao que pensem, ao que creiam os que te cercam, mas, em referência a ti mesmo.

As agressões de fora não atingem realmente a quem busca a verdade e a ela se afervora, vivendo-a, quanto possível, nas províncias do mundo interior.

Não te justifiques nem procures esclarecer.

A verdade dispensa explicações. Simples, é persuasiva, cativando aqueles que a sintonizam.

Policia as palavras e confia na lição do tempo que fará se defrontem as informações e os fatos, ensejando panoramas legítimos.

Tem em mente que segues no rumo da luz, e que nada te poderá deter. Elegeste a vida verdadeira!

Uma grande mazela para o espírito é a impaciência.

O tempo, na Terra, é companheiro infatigável, do qual ninguém foge, nem se consegue furtar. Inexoravelmente ele gasta o granito, reverdesce o deserto e doa aridez ao solo fértil.

"O tempo é a sucessão das coisas" (*).

Tudo modifica sem pressa nem agitação.

Todas as pessoas que, por esta ou aquela razão se destacam neste ou naquele mister são rigorosamente fiscalizadas, tornando-se do domínio público.

Criam escola sem o desejarem; fazem-se modelo sem o pensarem; ficam atormentadas sem o perceberem.

Se realizam para um ideal superior não têm tempo para as questiúnculas, incidentes inevitáveis de fácil superação. - Seguem em frente, para além.

Se, todavia, laboram para si mesmas, empenhadas na divulgação do nome e da obra, perdem-se nas cercanias da estrada e desajustam-se, feridas por suscetibilidades e bagatelas ridículas.

Ninguém fica indene, quando trabalha, à maledicência e à astúcia dos ociosos.

Todos lhes sofrem a perseguição gratuita nascida nas fontes do despeito e da aflição invejosa que os macera.

Age, portanto, fervoroso e confiante.

Os que te amam compreenderão sempre os teus atos: não esperam de ti mais do que és, mais do que tens, mais do que podes dar. Choram com as tuas lágrimas, sorriem com as tuas alegrias, ajudam-te sempre na dificuldade ou no triunfo.

Os que te detestam fazem-se mais adversos quer os esclareças ou não.

Utilizando um argumento justo crerão que és vivaz; aplicando uma evasiva te chamarão hipócrita; sacrificado, dirão que te exibes nas roupas da falsa humildade; tranquilo, zombarão, nomeando-te como explorador irresponsável.

Intentar mudar a face das coisas a golpes de precipitação seria como pretender avançar no futuro, anulando a sabedoria que os minutos assinalam.

Produze preocupado com o objetivo de fazer o melhor ao teu alcance e, na certeza de que agradar a todos é positivamente ambição descabida, não pretendas realizá-la.

Retornando aos sítios queridos de Cafarnaum, depois de realizar os mais sublimes labores e sucessos junto aos corações humanos em desalinho, o Mestre foi inquirido ardilosamente por aqueles que desejavam "surpreendê-lo nalguma palavra", para terem meios de O aniquilar.

"É lícito pagar o tributo a César, ou não?"

"Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse:

Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo".

"E eles lhe apresentaram um dinheiro."

-"De quem é esta efígie e esta inscrição?"- Indagou o Senhor.

- "De César." - responderam.

- "Dai, pois, a César - retrucou o Rabi - o que é de César, e a Deus o que é de Deus". (1)

Sem retoque no ensino que há vinte séculos rutila como advertência insofismável, dá a tua quota de amor, abnegação e trabalho a Deus, na seara onde hoje serves sob os auspícios do Espiritismo e demora-te sereno, porquanto os aficionados de César terão sempre meios para te perturbarem, desejosos de dificultarem tuas aspirações superiores com o Pai.

(1) Mateus 22 - 17 a 21.

(*) A Gênese - Capítulo 6º - Item 2. - Notas da Autora espiritual.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 55. LEAL Editora.


* * * Estude Kardec * * *

terça-feira, 22 de março de 2011

CONQUISTANDO SIMPATIA





Aprenda a sorrir para estender a fraternidade.

Eleve o seu vocabulário para o intercâmbio com os outros.

Carregue as suas frases com baterias de compreensão e otimismo.

Eduque a voz para que ela seja a moldura digna de sua imagem.

Converse motivando as pessoas para o bem a fazer.

Não corte o assunto com anotações diferentes daquilo que interessa ao seu interlocutor.

Quem aprende a ouvir com respeito fala sempre melhor.

Diante de problemas a solucionar, esclareça com serenidade sem destacar a perturbação.

Quanto possível, procure calar suas mágoas, reservando-as para os seus colóquios com Deus.

Recordemos: todos necessitamos uns dos outros e a palavra simples e espontânea é a chave da simpatia.


Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ
Do livro: BUSCA E ACHARÁS
Psicografia de CHICO XAVIER

segunda-feira, 21 de março de 2011

AVISO CALMANTE



O trabalho eficiente deve ser planejado, mas não olvides que as circunstâncias procedem da Vida Superior.

O tempo é um rio de surpresas.

Use o apoio da bondade e a bateia da tolerância para colher ouro da Providência Divina no cascalho dos fatos desagradáveis.

A conversa fastidiosa talvez seja o veículo de valiosa indicação.

A visita que não se espera provavelmente traga uma bênção.

O obstáculo com que não se contava, em muitas ocasiões, traduz o amparo da Espiritualidade Maior, antes que certa dificuldade apareça.

O aborrecimento de um minuto pode ser a pausa de aviso salvador.

A enfermidade súbita, quase sempre é o processo de que se utiliza o Plano Superior para se impedir uma queda espetacular.

Atenda ao seu programa de ação, conforme os seus encargos, mas não se esqueça da paciência na trilha das suas horas.

Cada um de nós é chamado para a execução de tarefa determinada, mas a habilitação para isso vem de Deus.


Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ
Do livro: BUSCA E ACHARÁS
Psicografia de CHICO XAVIER

terça-feira, 15 de março de 2011

INFLUÊNCIA ESPÍRITA




Ninguém dá unicamente aquilo que entrega ou cede, a benefício dos semelhantes. Cada criatura, através de leis inalienáveis que governam a vida, é obrigada a dar de si própria, nas situações essenciais do cotidiano, como sejam:
no pensamento;
na palavra;
no gesto;
no lar;
na comunidade; na profissão; no trabalho;
na tarefa; no negócio; na saúde; na doença; na administração; na subalternidade.
Em ação espírita, somos compreensivelmente chamados a dar todo o apoio material e socorro moral aos irmãos em necessidade, conforme os recursos que usufruímos. Acima de tudo, porém, o espírita é convo-cado a melhorar a Vida e o Planeta pela cooperação da influência.
Revisemos, pois, dia a dia, nossas atitudes pessoais, observando como distribuímos as parcelas espirituais de nós mesmos, seja no que fazemos ou no que somos.
Espiritismo é orientação certa e orientação certa se define como sendo o caminho certo de auxiliar e o jeito certo de viver.

Chico Xavier

segunda-feira, 14 de março de 2011

ABNEGAÇÃO

A evolução espiritual é um fenômeno bastante complexo, que se dá em sucessivas fases.

No começo, predomina a natureza corpórea.

Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.

Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.

Nesse período, o egoísmo é marcante.

Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.

Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.

A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.

As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.

Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.

Em compensação, começam os dilemas morais.

Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.

O que antes era admissível passa a ser um escândalo.

A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.

Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.

Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.

Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.

Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.

Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.

Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.

As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.

O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às coisas corpóreas.

Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.

O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.

Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.

Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.

O melhor meio para isso é praticar a abnegação.

Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.

A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.

Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.

Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.

Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.

Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.

Comece, pois, a praticar a abnegação.

Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.

Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.

Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.

O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.

Ele será substituído pelos prazeres espirituais.

Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.

Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.

Pense nisso.



Redação do Momento Espírita.
Em 25.02.2008

domingo, 13 de março de 2011

COISAS MÍNIMAS





"Pois se nem ainda podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?" - Jesus. (LUCAS, capítulo 12, versículo 26.)

Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.

Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura. Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.

Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.

De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.

Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados. Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.

Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.

A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.

Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas. São parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: "Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?"


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 28 edição. Capítulo 31. Brasília: FEB. 2009.

sexta-feira, 11 de março de 2011

RICAMENTE





"A palavra do Cristo habite em vós, ricamente..." Paulo. (Colossenses, 3:16)

Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia aparece em cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na inconformação.

Afirmas cultivar o amor que o Mestre nos legou, entretanto, se o companheiro exterioriza pontos de vista diferentes dos teus, mostras enorme pobreza de compreensão, confiando-te ao desagrado e à censura.

Declaras aceitar o Evangelho em sua simplicidade e pureza, contudo, se o Senhor te pede algum sacrifício perfeitamente compatível com as tuas possibilidades, exibes incontestável carência de cooperação, lançando reptos e solicitando reparações.

Asseveras procurar a Vontade do Celeste Benfeitor, no entanto, se os teus caprichos não se encontram satisfeitos, mostras lastimável miséria de paciência e esperança, arrojando teus melhores pensamentos ao lamaçal do desencanto.

Acenderemos, porém, a luz, permanecendo nas trevas?

Daremos testemunho de obediência, exaltando a revolta?

Ensinaremos a serenidade, inclinando-nos à desesperação?

Proclamaremos a glória do amor, cultivando o ódio?

A palavra do Cristo não nos convida a marchar na fraqueza ou na lamentação, como se fôssemos tutelados da ignorância.

Segundo a conceituação iluminada de Paulo, a Boa Nova deve irradiar-se de nossa vida, habitando a nossa alma, ricamente.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Lição 125. FEB.


* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 10 de março de 2011

CÓLERA


Segundo a idéia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa-vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados. E assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. É ainda uma conseqüência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições.

Indubitavelmente, temperamentos há que se prestam mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando; somente, a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe secundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, enquanto no outro caso será expansiva.

O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas, pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso. - Hahnemann. (Paris, 1863.)

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Capítulo IX. Item 10. Federação Espírita Brasileira. 1996.


* * * Estude Kardec * * *

quarta-feira, 9 de março de 2011





Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um "sim" ou um "não" pode mudar toda a nossa existência."

terça-feira, 8 de março de 2011

IMPERATIVOS CRISTÃOS





Aprende - humildemente.

Ensina - praticando.

Administra - educando.

Obedece - prestativo.

Ama - edificando.

Teme - a ti mesmo.

Sofre - aproveitando.

Fala - construindo.

Ouve - sem malícia.

Ajuda - elevando.

Ampara - levantando.

Passa - servindo.

Ora - serenamente.

Pede - com juízo.

Espera - trabalhando.

Crê - agindo.

Confia - vigiando.

Recebe - distribuindo.

Atende - com gentileza.

Coopera - sem apego.

Socorre - melhorando.

Examina - salvando.

Esclarece - respeitoso.

Semeia - sem aflição.

Estuda - aperfeiçoando.

Caminha - com todos.

Avança - auxiliando.

Age - no bem geral.

Corrige - com bondade.

Perdoa - sempre.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.


* * * Estude Kardec * * *

segunda-feira, 7 de março de 2011

O GRITO DDE CÓLERA





Lembra-se do instante em que gritou fortemente, antes do almoço?

Por insignificante questão de vestuário, você pronunciou palavras feias em voz alta, desrespeitando a paz doméstica.

Ah! meu filho, quantos males foram atraidos por seu gesto de cólera!...

A Mamãe, muito aflita, correu para o interior, arrastando atenções de toda a casa. Voltou-lhe a dor-de-cabeça e o coração tornou a descompassar-se.

- As duas irmãs, que cuidavam da refeição, dirigiram-se precipitadamente para o quarto, a fim de socorrê-la, e duas terças partes do almoço ficaram inutilizadas.

Em razão das circunstâncias provocadas por sua irreflexão, o papai, muito contrariado, foi compelido a esperar mais tempo em casa, chegando ao serviço com grande atraso.

Seu chefe não estava disposto a tolerar-lhe a falta e recebeu-o com repreensão áspera.

Quem o visse, erecto e digno, a sofrer essa pena, em virtude da sua leviandade, sentiria compaixão, porque você não passa de um jovem necessitado de disciplina, e ele é um homem de bem, idoso e correto, que já venceu muitas tempestades para amparar a família e defendê-la. Humilhado, suportou as consequências de seu gesto impulsivo, por vários dias, observado na oficina qual se fora um menino vadio e imprudente.

Os resultados de sua gritaria foram, porém, mais vastos.

A Mãezinha piorou e o médico foi chamado. Medicamentos de alto preço, trazidos à pressa, impuseram vertiginosa subida às despesas, e o papai não conseguiu pagar todas as contas de armazém, farmácia e aluguel de casa.

Durante seis meses, toda a sua família lutou e solidarizou-se para recompor a harmonia quebrada, desastradamente, por sua ira infantil.

Cento e oitenta dias de preocupações e trabalhos árduos, sacrifícios e lágrimas! Tudo porque você, incapaz de compreender a cooperação alheia, se pôs a berrar, inconscientemente, recusando a roupa que lhe não agradava.

Pense na lição, meu filho, e não repita a

Todos estamos unidos, reciprocamente, através de laços que procedem dos desígnios divinos. Ninguém se reúne ao acaso. Forças superiores impelem-nos uns para os outros, de modo a aprendermos a ciência da felicidade, no amor e no respeito mútuos.

O golpe do machado derruba a árvore de vez.

A ventania destrói um ninho de momento para outro.

A ação impensada de um homem, todavia, émuito pior.

O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.

Porque não aprende a falar e a calar, a benefício de todos?

Ajude em vez de reclamar.

A cólera é força infernal que nos distancia da paz divina.

A própria guerra, que extermina milhões de criaturas, não é senão a ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. FEB.


* * * Estude Kardec * * *

sexta-feira, 4 de março de 2011

PRECE POR UM SUICIDA




EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO

VI – Por Um Suicida


71 – Prefácio – O homem não tem jamais o direito de dispor da sua própria vida, pois só a Deus compete tirá-lo do cativeiro terreno, quando o julgar oportuno. Apesar disso, a justiça divina pode abrandar o seu rigor, em virtude de certas circunstâncias, reservando, porém, toda a sua severidade para aquele que quis furtar-se às provas da existência. O suicida assemelha-se ao prisioneiro que escapa da prisão antes de cumprir a sua pena, e que ao ser preso de novo será tratado com mais severidade. Assim acontece, pois com o suicida, que pensa escapar às misérias presentes e mergulha em maiores desgraças. (Cap. V, nº 14 e segs.)


72 – Prece – Sabemos qual a sorte que espera os que violam a vossa lei, Senhor, para abreviar voluntariamente os seus dias! Mas sabemos também que a vossa misericórdia é infinita. Estendei-a sobre o Espírito de Fulano, Senhor! E possam as nossas preces e a vossa comiseração abrandar as amarguras dos sofrimentos que suporta, por não ter tido a coragem de esperar o fim das suas provas! Bons Espíritos, cuja missão é assistir os infelizes, tomai-o sob a vossa proteção; inspirai-lhe o remorso pela falta cometida, e que a vossa assistência lhe dê a força de enfrentar com mais resignação às novas provas que terá de sofrer, para repará-la. Afastai dele os maus Espíritos, que poderiam levá-lo novamente ao mal, prolongando os seus sofrimentos, ao fazê-lo perder o fruto das novas experiências. E a ti, cuja desgraça provoca as nossas preces, que possa a nossa comiseração adoçar a tua amargura, fazendo nascer em teu coração a esperança de um futuro melhor!. Esse futuro está nas vossas próprias mãos: confia na bondade de Deus, que espera sempre por todos os que se arrependem, e só é severo para os de coração empedernido.

quinta-feira, 3 de março de 2011

UMA REALEZA TERRENA





Instruções dos Espíritos


UMA RAINHA DE FRANÇA
Havre, 1863


8 – Quem poderia, melhor do que eu, compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: Meu reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu sobre a Terra. Quem, pois, compreenderia o nada dos reinos do mundo, se eu não o compreendesse? O que foi que eu levei comigo, da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E como para tornar a lição mais terrível, ela não me acompanhou sequer até o túmulo! Rainha eu fui entre os homens, e rainha pensei chegar no Reino dos Céus. Mas que desilusão! E que humilhação, quando, em vez de ser ali recebida como soberana, tive de ver acima de mim, mas muito acima, homens que eu considerava pequeninos e os desprezava, por não terem nas veias um sangue nobre! Oh, só então compreendi a fatuidade dos homens e das grandezas que tão avidamente buscamos sobre a Terra!

Para preparar um lugar nesse reino são necessárias à abnegação, a humildade, a caridade, a benevolência para com todos. Não se pergunta o que fostes, que posição ocupastes, mas o bem que fizestes, as lágrimas que enxugastes.

Oh, Jesus! Disseste que teu reino não era deste mundo, porque é necessário sofrer para chegar ao Céu, e os degraus do trono não levam até lá. São os caminhos mais penosos da vida os que conduzem a ele. Procurai, pois o caminho através de espinhos e abrolhos e não por entre as flores!

Os homens correm atrás dos bens terrenos, como se os pudessem guardar para sempre. Mas aqui não há ilusões, e logo eles se apercebem de que conquistaram apenas sombras, desprezando os únicos bens sólidos e duráveis , os únicos que lhes podem abrir as portas dessa morada.

Tende piedade dos que não ganharam o Reino dos Céus. Ajudai-os com as vossas preces, porque a prece aproxima o homem do Altíssimo, é o traço de união entre o Céu e a Terra. Não o esqueçais!

quarta-feira, 2 de março de 2011

NOS PASSOS DA BOA NOVA





Todos aqueles que se agitam nas experiências terrestres, na busca de harmonia para si mesmos ou lucidez para os próprios raciocínios, encontrarão expressiva ajuda por meio das instruções da Boa Nova.

Todas as pessoas que estejam à procura de caminhos novos para encontrar equilíbrio em seus relacionamentos com afetos íntimos ou na vivência com a sociedade, a fim de obter vitória sobre o temperamento complexo, encontrarão sugestões felizes no seio da Boa Nova.

Quem almeje conquistar robusta fé, enquanto enfrenta os cravos de duras provações, em si ou em redor de si, terá na Boa Nova valioso escrínio de preciosas gemas de paciência e de perseverança, envolvidas no veludo da oração.

Sempre que as refregas terrenas exigirem coragem e decisão superior aos filhos de Deus espalhados pelo mundo, os mais expressivos posicionamentos de resignação diante do irrecorrível, as firmes atitudes perante os próprios deveres, e tudo o mais que enobreça e impulsione para o bem, todos obterão substancial apoio nos exemplos venturosos da Boa Nova.

É por meio da Boa Nova que podemos travar contato com os benditos fatos da vida de Jesus Cristo junto aos Seus amigos mais próximos e com as demais criaturas. Nela é que aprendemos a amar sem pieguismo, a ajudar sem gerar dependência, a socorrer e passar sem quaisquer cobranças, a sermos fiéis ao bem e verdadeiros, a sofrer sem revolta, mantendo sempre a fibra de quem não perde a confiança nem duvida da prevalente ação da Divindade.

Nas páginas da Boa Nova é que deparamos o Rei Solar em ação de humildade como bom professor, como médico de almas ou, ainda como Bom Pastor, sem qualquer exibicionismo ou presunção, à frente daqueles para os quais viera, luminescente.

Nos passos bem dispostos da Boa Nova de Jesus, cada companheiro da lida evolutiva, se não acolher os sentimentos de desalento ou as propostas de desistência do roteiro feliz, conseguirá iluminar-se e elevar-se, de modo a compartilhar os projetos de progresso do mundo que foram traçados pelo Divino Amigo, o Guia Celestial, que é Jesus.

Tratemos, assim, de nos manter atenciosos e vigilantes pelas vias do mundo terreno, sem perdermos o rumo ansiosamente anelado, para construirmos, em definitivo, a ventura pessoal e a paz interior, cooperando com o progresso da Terra. O campo de trabalhos se apresenta em toda parte; cabe-nos desenvolver os olhos de ver, a boa vontade e a disposição para lavrá-lo com entusiasmo.

A Boa Nova do Senhor corresponde a um mapa bem-aventurado, com as localizações exatas dos tesouros espirituais que todos desejamos ardentemente encontrar.





pelo Espírito Maria Ruth Junqueira - Do site: http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=280, Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 12.01.2011, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.