domingo, 30 de janeiro de 2011

MENSAGEM SEMANAL-AEJE




Mocidade e Velhice
Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material.
A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.
Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.
A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.
Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade, valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.
Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonilidade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.
O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.
Lembramo-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos trabalhando.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Correio Fraterno. Ditado pelo Espírito André Luiz.
* * * Estude Kardec * * *

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

INFORMATIVO






Site do Programa Transição é lançado e promete para breve disponibilizar todos os programas que já foram ao ar, para quem não assistiu ou deseja assistir novamente.

O cadastro está aberto para quem quiser receber mensagens e informações sobre o programa.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PASSES CURATIVOS





Quando enfermidade ou perturbação vos visitem recordai o passe curativo no clima da oração.

A prece-rogativa alcança o Plano Espiritual por petição de socorro, granjeando o amparo dos Mensageiros do Bem que vos mobilizarão as energias para a reestruturação de vossos recursos orgânicos e espirituais.

O passe curativo e reconfortador é bênção medicamentosa que verte dos Céus para a Terra, aragem da paz que alivia e recompõe.

Nunca nos esqueçamos de que Jesus socorria os necessitados e os doentes usando as mãos.



pelo Espírito Batuira - Do livro: Mais Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

BEM AVENTURADOS

Bem-aventurados os Que Têm Fechados os Olhos
NOTA. Esta comunicação foi dada com relação a uma pessoa cega, a cujo favor se evocara o Espírito de J. B. Vianney, cura d?Ars.

Meus bons amigos, para que me chamastes? Terá sido para que eu imponha as mãos sobre a pobre sofredora que está aqui e a cure? Ah! que sofrimento, bom Deus! Ela perdeu a vista e as trevas a envolveram. Pobre filha! Que ore e espere. Não sei fazer milagres, eu, sem que Deus o queira. Todas as curas que tenho podido obter e que vos foram assinaladas não as atribuais senão àquele que é o Pai de todos nós. Nas vossas aflições, volvei sempre para o céu o olhar e dizei do fundo do coração: "Meu Pai, cura-me, mas faze que minha alma enferma se cure antes que o meu corpo; que a minha carne seja castigada, se necessário, para que minha alma se eleve ao teu seio, com a brancura que possuía quando a criaste." Após essa prece, meus amigos, que o bom Deus ouvirá sempre, dadas vos serão a força e a coragem e, quiçá, também a cura que apenas timidamente pedistes, em recompensa da vossa abnegação.

Contudo, uma vez que aqui me acho, numa assembléia onde principalmente se trata de estudos, dir-vos-ei que os que são privados da vista deveriam considerar-se os bemaventurados da expiação. Lembrai-vos de que o Cristo disse convir que arrancásseis o vosso olho se fosse mau, e que mais valeria lançá-lo ao fogo, do que deixar se tornasse causa da vossa condenação. Ah! quantos há no mundo que um dia, nas trevas, maldirão o terem visto a luz! Oh! sim, como são felizes os que, por expiação, vêm a ser atingidos na vista! Os olhos não lhes serão causa de escândalo e de queda; podem viver inteiramente da vida das almas; podem ver mais do que vós que tendes límpida a visão!... Quando Deus me permite descerrar as pálpebras a algum desses pobres sofredores e lhes restituir a luz, digo a mim mesmo: Alma querida, por que não conheces todas as delicias do Espírito que vive de contemplação e de amor? Não pedirias, então, que se te concedesse ver imagens menos puras e menos s uaves, do que as que te é dado entrever na tua cegueira!

Oh! bem-aventurado o cego que quer viver com Deus. Mais ditoso do que vós que aqui estais, ele sente a felicidade, toca-a, vê as almas e pode alçar-se com elas às esferas espirituais que nem mesmo os predestinados da Terra logram divisar. Abertos, os olhos estão sempre prontos a causar a falência da alma; fechados, estão prontos sempre, ao contrário, a fazê-la subir para Deus. Crede-me, bons e caros amigos, a cegueira dos olhos é, muitas vezes, a verdadeira luz do coração, ao passo que a vista é, com freqüência, o anjo tenebroso que conduz à morte.

Agora, algumas palavras dirigidas a ti, minha pobre sofredora. Espera e tem ânimo! Se eu te dissesse: Minha filha, teus olhos vão abrir-se, quão jubilosa te sentirias! Mas, quem sabe se esse júbilo não ocasionaria a tua perda! Confia no bom Deus, que fez a ventura e permite a tristeza. Farei tudo o que me for consentido a teu favor; mas, a teu turno, ora e, ainda mais, pensa em tudo quanto acabo de te dizer.

Antes que me vá, recebei todos vós, que aqui vos achais reunidos, a minha bênção. - Vianney, cura d'Ars. (Paris, 1863.)

NOTA. Quando uma aflição não é conseqüência dos atos da vida presente, devese- lhe buscar a causa numa vida anterior. Tudo aquilo a que se dá o nome de caprichos da sorte mais não é do que efeito da justiça de Deus, que não inflige punições arbitrárias pois quer que a pena esteja sempre em correlação com a falta. Se, por sua bondade, lançou um véu sobre os nossos atos passados, por outro lado nos aponta o caminho, dizendo: '?Quem matou à espada, pela espada perecerá", palavras que se podem traduzir assim: "A criatura é sempre punida por aquilo em que pecou." Se, portanto, alguém sofre o tormento da perda da vista, é que esta lhe foi causa de queda. Talvez tenha sido também causa de que outro perdesse a vista; de que alguém haja perdido a vista em conseqüência do excesso de trabalho que aquele lhe impôs, ou de maus-tratos, de falta de cuidados, etc. Nesse caso, passa ele pela pena de talião. É possível que ele próprio, tomado de arrependimento, haja escolhido e ssa expiação, aplicando a si estas palavras de Jesus: "Se o teu olho for motivo de escândalo, arranca-o."

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.112 edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira.


* * * Estude Kardec * * *

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PALAVRAS




Traze contigo a palavra
Que ilumine e reconforte,
Toda língua é fiandeira
No pano da própria sorte.

Purifica, purifica
As fontes do coração.
Verbo que ampara e consola
É força, alegria e pão.

Salvadora bagatela
A fala que nos bendiga!
Alma, semeia e semeia
A frase amorosa e amiga.

Palavras!... Nota as palavras,
Ainda que fales sem norte,
Umas trazem luz e vida,
Outras fazem sombra e morte.



pelo Espírito Américo Falcão - Do livro: Orvalho de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 23 de janeiro de 2011

MENSAGEM SEMANAL- AEJE




TUA PROSPERIDADE


Tua prosperidade não transparece unicamente da face material do teu dinheiro, das tuas posses, da tua casa, dos teus bens.

Ela se compõe das experiências que ajuntaste, de alma transata, ante as incompreensões que te cercaram as horas. Formam-se dos conhecimentos nobilitantes que amealhaste pelo estudo perseverante com que te habilitas ao privilégio de minorar a fadiga e o sofrimento dos irmãos que te acompanham à retaguarda, sem luz que os norteie...

Ergue-se das palavras temperadas de prudência e de amor que as provações atravessadas com paciência te acumularam no escrínio da alma, transfigurando-te em socorro aos caídos...

Eleva-se dos gestos de compaixão, que amontoastes à custa das disciplinas a que te submeteste em favor dos que amas, pelas quais adquiristes o teto capaz de arredar a discórdia do nascedouro...

Avoluma-se nas migalhas do tempo, que sabes extrair obrigações retamente cumpridas, para que te não falte a oportunidade de trabalhar no amparo aos menos felizes...

Tua prosperidade brilha nos exemplos de fraternidade com que dignificas a vida, nas demonstrações de altruísmo com que suprimes a crueldade, nos testemunhos de fé renovadora com que levantas os tíbios ou nos atos de humildade com que desarmas a delinqüência.

Reparte com o próximo os valores que transportas no espírito.

Aquele que verdadeiramente serve, distribui sem nunca empobrecer-se.

Quem mais deu e quem mais dá sobre a Terra é Jesus Cristo, cuja riqueza verte, infinita, dos tesouros do coração.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Estude e Viva, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

sábado, 22 de janeiro de 2011

RECANTO DA VIDA






Se o presente é rude e amargo,
com nublados horizontes,
coração não se amedrontes
nas sombras de algum lugar...
sigamos buscando a frente,
na direção do porvir,
a paz reclama servir,
progresso pede marchar.

Olha o quadro que te cerca,
do átomo aos oceanos,
do verme aos seres humanos,
a confiança é valor;
o sol se apóia no espaço,
criando jardins fecundos
que o tempo transforma em mundos
de evolução e de amor.

A semente entregue ao solo
germina e cresce sem medo,
faz-se depois arvoredo,
depois, é verde mansão;
suporta vento e aguaceiro
cada flor que desabrocha,
confia-se o vale à rocha,
o rio tem fé no chão.

Assim também, os espinhos
da provação que te alcança,
são faixas de segurança
de invisíveis cireneus;
cumpre o dever que te cabe,
trabalha, serve e porfia,
tens a fé por luz e guia
da Terra aos braços de Deus.





pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Seara de Fé, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quanto à felicidade, cremos que ela nascce na paz da consciência tranquila pelo dever cumprido e cresce, no íntimo de cada pessoa, à medida que a pessoa procura fazer a felicidade dos outros, sem pedir felicidade para si própria.
Chico Xavier

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

DOE PALAVRAS


O Hospital Mário Penna, de Belo Horizonte, que cuida de doentes com câncer, lançou um projeto pra lá de sensacional.
É o Doe Palavras.
Fácil, rápido e todo mundo pode doar um pouquinho, que nem dói.
Basta acessar o site www.doepalavras.com.br e escrever uma mensagem.
Sua frase aparece no telão para os pacientes que estão em tratamento.
Enquanto fazem químio, podem ler o que escrevemos pra eles!!

domingo, 9 de janeiro de 2011

EXTINÇÃO DO MAL




Na didática divina, o mal não é visto com a ênfase que lhe concede muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos. O Senhor corri-ge:
A ignorância, com a instrução;
O ódio, com o amor;
A necessidade, com o socorro;
O desequilíbrio, com o reajuste;
A doença, com o remédio;
A sombra, com a luz;
A ofensa, com o perdão;
O desânimo, com a esperança;
A maldição, com a bênção.
Somente nós acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão. O mal não elimina o mal.
Por isso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e adverte que a única energia capaz de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.
Bezerra de Menezes – Médium Chico Xavier
Livro: Brilhe Vossa Luz (extrato do tema) - Ed. IDE

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

REVISTA REFORMADOR

O Livro dos Médiuns, ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, segunda obra da Codificação Espírita, foi publicada em 15 de janeiro de 1861, em Paris, e tem como conteúdo doutrinário:

O ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo, constituindo o seguimento de O Livro dos Espíritos.1

É obra destinada a todos os espíritas e estudiosos dos fenômenos produzidos pelos desencarnados, não só para os trabalhadores da mediunidade. Encontramos nela explicações essenciais para a prática espírita equilibrada; condições seguras favoráveis à manifestação dos Espíritos e as implicações daí decorrentes (dificuldades, empecilhos, equívocos etc.); como obter assistência dos bons Espíritos, recebendo deles boas comunicações; como desenvolver discernimento sobre a influência moral e do meio nas comunicações; saber avaliar as mensagens mediúnicas e a sua procedência, utilizando, entre outros, o critério da linguagem usada pelo comunicante, identificando-o acertadamente, se for o caso, sobretudo se o seu nome faz vinculações com personalidade de destaque ou conhecida; entender os mecanismos da obsessão, suas características, graus, tipos e formas de prevenção; orientar-se quanto à organização das sociedades espíritas, em geral, e dos grupos mediúnicos em particular.

Importa considerar que O Livro dos Médiuns é um desdobramento de trabalho anteriormente escrito por Kardec, conforme nota do atual tradutor das obras do Codificador, publicadas pela FEB:

Cerca de um ano após o lançamento da 1a edição de O Livro dos Espíritos, cujo sucesso surpreendeu o próprio Allan Kardec, julgou este por bem editar uma espécie de manual essencialmente prático, que contemplasse a exposição completa das condições necessárias para a comunicação com os Espíritos e os meios de desenvolver a faculdade mediúnica.

Essa providência revelou-se de suma importância, porque apontava um rumo, uma direção segura a quantos quisessem familiarizar-se com os mecanismos que possibilitam o intercâmbio espiritual entre os dois planos da vida, uma espécie de vade-mécum destinado a orientar corretamente as pessoas que, com a sistematização do Espiritismo em corpo de doutrina, passaram a interessar-se pelos fenômenos mediúnicos.

Deu-lhe o Codificador da Doutrina o título de Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas. [...]

Não obstante o papel inestimável que esse livro desempenhou nos primórdios da Codificação Espírita, Allan Kardec avisou aos leitores da Revista Espírita (agosto de 1860) que aquela obra estava inteiramente esgotada e não seria reimpressa. Novo trabalho, muito mais completo e que seguiria outro plano, viria substituí-la dentro de pouco tempo. Foi a primeira referência ao lançamento de O Livro dos Médiuns, publicado em 1861.2

Organização de O Livro dos Médiuns

Introdução: Kardec fornece explicações relativas à natureza da obra e às condições sérias de realização da reunião mediúnica. Ensina que, a despeito da faculdade
mediúnica ser inerente ao ser humano, o desenvolvimento da mediunidade depende do esforço do médium em querer se transformar em legítimo instrumento de comunicação entre os dois planos da vida e da possibilidade dos Espíritos poderem manifestar-se.

Primeira Parte – Noções Preliminares: organizada em quatro capítulos (Há espíritos?; O maravilhoso e o sobrenatural; Método; Sistemas), Kardec analisa questões cruciais relacionadas à prática mediúnica, apresentando lúcidas argumentações sobre o método de investigação utilizado para comprovar os fenômenos mediúnicos, a imortalidade e sobrevivência do Espírito após a morte, o caráter não “miraculoso” ou “sobrenatural” das mensagens espíritas e as condições que justificam as comunicações dos Espíritos.

Segunda Parte –Manifestações Espíritas: composta de 32 capítulos, assim denominados: Ação dos espíritos sobre a matéria; Manifestações físicas. Mesas girantes; Manifestações inteligentes; Teoria das manifestações físicas; Manifestações físicas espontâneas; Manifestações visuais; Bicorporeidade e transfiguração; Laboratório do
mundo invisível; Lugares assombrados; Natureza das comunicações; Sematologia e tiptologia; Pneumatografia ou escrita direta. Pneumatofonia; Psicografia; Médiuns; Médiuns escreventes ou psicógrafos; Médiuns especiais; Formação dos médiuns; Inconvenientes e perigos da mediunidade; O papel dos médiuns nas comunicações espíritas; Influência moral do médium; Influência do meio; Mediunidade nos animais; Obsessão; Identidade dos Espíritos; Evocações; Perguntas que se podem fazer aos Espíritos; Contradições e mistificações; Charlatanismo e embuste; Reuniões e sociedades espíritas; Regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas; Dissertações espíritas; Vocabulário espírita. Encontramos nessa parte o referencial espírita para a organização e funcionamento do trabalho mediúnico: comunicabilidade dos Espíritos, as relações com os encarnados e as influências, ocultas ou evidentes, boas ou más, sutis ou patentes, por eles exercidas.

Allan Kardec sempre se manteve fiel (e coerente) aos ensinos transmitidos pelos Espíritos orientadores da Humanidade, retirando de O Livro dos Espíritos os subsídios
necessários para a construção das demais obras de sua autoria. Desenvolveu, para tanto, metodologia adequada de investigação e análise, evitando premissas falsas e conclusões equivocadas. Neste contexto, concluiu que a Doutrina Espírita apresenta dois grandes fundamentos, que não devem ser ignorados pelo adepto: o esclarecimento doutrinário, obtido pelo estudo regular, e a melhoria moral, adquirida pelo combate às imperfeições:

Dissemos que o Espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia. Portanto, quem quiser conhecê-lo seriamente deve, como primeira condição, dispor-se a um estudo sério e convencer-se de que ele não pode, como nenhuma outra ciência, ser aprendido como se estivéssemos brincando. [...]3

Afirma, também, em outro momento:

[...] O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem. Há corações aflitos a aliviar, consolações a dispensar, desesperos a acalmar, reformas morais a operar. Essa é a sua missão e aí ele encontrará a verdadeira satisfação. [...]4

Um ponto muito importante, entre tantos veiculados pela obra, e que traça diretrizes para a correta prática mediúnica, é a desmistificação dos conceitos de médium – pessoa que veicula ideias, vontades e sentimentos dos Espíritos comunicantes – e de mediunidade – faculdade inerente ao psiquismo humano, independentemente do patamar evolutivo do medianeiro. Em consequência, Kardec e os Espíritos orientadores preferem considerar os médiuns intérpretes, que podem ser bons ou ruins, dando preferência
àqueles que não interferem nas ideias transmitidas pelos Espíritos, os quais “[...] procuram o intérprete que mais simpatize com eles e que exprima com mais exatidão os seus pensamentos. [...]”.5

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

RECANTO DE PAZ




Há quem pergunte como servir à causa da paz. Não será tarefa privativa dos que se encarregam da direção do Mundo?
A paz do Mundo é a soma dos esforços das criaturas nos domínios da pacificação.
Atendamos à nossa parte, quanto possível.
Deixa a fonte do amor brotar do coração e acende no cérebro a luz do pensamento reto.
Observa os compromissos assumidos.
Faze o bem aos semelhantes.
Evita os comentários infelizes.
Não percas tempo com queixas inúteis.
Sê paciente, para agires e reagires construtivamente, e não desconsideres ninguém.
Ouve com atenção, aguarda a tua vez de falar e usa a boa palavra em tuas expressões.
Diante das ofensas, recorre ao perdão.
Não exijas do próximo o que ele ainda não possui para dar.
O Criador não pede que sejas, de imediato, uma estrela a dissipar as sombras da perturbação na Terra. Espera sejas, desde já, onde estiveres, um recanto vivo da paz.
Emmanuel – Médium Chico Xavier
Livro: Diálogo dos Vivos (extrato) - Ed. GEEM.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ALGO MAIS NO NATAL



Senhor Jesus!

Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura, nós te agradecemos:

a música da oração;

o regozijo da fé;

a mensagem de amor;

a alegria do lar;

o apelo a fraternidade;

o júbilo da esperança;

a bênção do trabalho;

a confiança no bem;

o tesouro da tua paz;

a palavra da Boa Nova;

e a confiança no futuro!...

Entretanto, oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais! ...

Concede-nos,Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz do Coração. Ditado pelo Espírito Emmanuel. CLARIM.


* * * Estude Kardec * * *

domingo, 2 de janeiro de 2011

A Lenda do Esconderijo Seguro
Aconteceu em tempos já distantes...

Observando o comportamento irregular das criaturas humanas, a sua ingratidão e contínua rebeldia, Deus resolveu reunir a Corte Celeste, a fim de apresentar sua opinião pouco favorável aos seres inteligentes que, invariavelmente utilizavam do conhecimento e da razão para protestar, exigir, reclamar contra tudo e todos, demonstrando irritabilidade e desconsideração para com a Paternidade Divina.

Ante a expectação geral dos anjos, arcanjos, querubins e potestades, o Senhor explicou que desejava ensinar aos homens e mulheres terrestres uma forma condigna para O buscarem.

Todos sabiam que Ele residia no Paraíso, cujo endereço era muito conhecido, e para onde se dirigiam suas queixas e desgostos, raramente a gratidão e o amor. Assim, Ele estava pensando, pelo menos por um período, transferir-se da sua morada, para um lugar onde fosse difícil de ser encontrado. Isso seria uma espécie de férias que Ele desejava experimentar e uma advertência para os filhos ingratos.

Concedera-lhes os predicados do pensamento e da lógica, a fim de que pudessem examinar as belezas existentes no Cosmo, presentes em mil expressões terrenas e, não obstante, na maioria das vezes, esses atributos eram utilizados para o desregramento, a agressividade e a insensatez.

Todos os membros da Corte Celeste concordaram plenamente com a proposta divina e ficaram mais surpresos ainda, quando o Senhor lhes pediu sugestão sobre um lugar na Terra ou próximo dela onde pudesse ocultar-se temporariamente.

Após larga reflexão, um serafim muito honrado pediu vênia para falar, e propôs:

- Acredito que a Lua seria um excelente lugar para repouso. O silêncio que paira na sua superfície é grandioso, e dali a observação do planeta terrestre faz-se tão bela quanto emocionante. Sugiro, portanto, que o Criador a eleja como Vossa próxima residência.

Todos os membros da excelsa assembleia concordaram com a sugestão tomada com sorrisos de júbilo.

Mas, o Supremo Senhor, após meditar, redarguiu, preocupado:

- Eu posso prever o futuro, e graças a essa capacidade, vejo o ser humano chegando ao satélite terrestre e colocando ali os seus símbolos. Se lá eu estiver, nessa oportunidade, será muito mais difícil ter que suportar o atrevimento desses visitantes, que certamente não me deixarão em paz.

Um grande silêncio se abateu sobre todos, ante a desolação estampada na face do Excelso Pai.

Um arcanjo, que era tido como um dos mais sábios, pediu licença, e expôs:

- Os oceanos são ainda grande mistério para os humanos, e o Triângulo das Bermudas apresenta uma fossa muito profunda, inalcançável. Sugiro que ali seja estabelecida a Vossa residência.

Parecia estar resolvida a questão, quando o Supremo Chefe respondeu com tristeza:

- O ser humano é capaz de tudo. Posso prever um futuro não muito distante, no qual, se utilizando de equipamentos sofisticados e valiosos, ele descerá às maiores profundezas oceânicas, e, encontrando-me lá, tentará perturbar-me com a sua petulância e imprudência.

Estava-se num grande impasse, quando um anjo modesto, quase desconsiderado, pediu licença para opinar.

Ele dizia pertencer ao Terceiro Mundo, onde havia muitos pobres, os quais, sempre se ajudavam, procurando diminuir as dificuldades que enfrentavam reciprocamente.

As Entidades mais elevadas, ante o inusitado acontecimento, olharam-no quase com piedade, pensando no que poderia sugerir um modesto anjo encarregado da limpeza do Paraíso!

Mas Deus, por misericórdia, olhou na direção do interlocutor e, com muita ternura, interrogou-lhe:

- Se tens alguma ideia, dize-nos. Em que lugar pensas que me poderei ocultar, a fim de não ser afligido pelos seres humanos?!

Eu sugiro, Senhor - redarguiu o anjo humilde, que vos oculteis no coração da própria criatura humana, porque ali somente chegarão aqueles que muito se esforçarem para alcançar a própria evolução, e esses, quando a conseguirem, respeitar-vos-ão, entoando hinos de louvor à Vossa Majestade.

Houve uma comoção que tomou conta de todos, que passaram a aplaudir o modesto servidor angelical.

E, a partir daquele momento, Deus passou a residir no coração do ser humano, somente sendo encontrado por aqueles que realizam a viagem interior, auto-iluminando-se e amando profundamente ao seu próximo. Até hoje esse é o lugar preferido por Ele...



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: A Lenda do Esconderijo Seguro. Ditado pelo Espírito Selma Lagerlöf. LEAL.