sábado, 21 de maio de 2011

AJUDA E SOCORRO

Certa feita, o Doutor Júlio David, nobre facultativo baiano, pediu a um motorista que o levasse urgente para atender a um paciente em determinado bairro da cidade.




O motorista lhe respondeu que não podia, que iria se deitar, pois já era tarde.



O médico insistiu, dizendo que precisava atender a um chamado urgente...



O motorista respondeu insatisfeito:



Estou cansado! Vire-se por aí. O que não falta são veículos...



O doutor insistiu um tanto mais.



Mas é tarde. Estamos perdendo tempo enquanto uma vida se vai diluindo. Seja rápido, leve-me por favor...



Irritado, o motorista arrancou o carro e saiu resmungando:



Ora essa. Era só o que me faltava aparecer. Não levo ninguém. Vou é dormir.



Chegando à casa, que estava em alaridos e expectativas, o motorista mal-humorado defrontou com o filhinho de 5 anos em lamentável convulsão, semiasfixiado.



Sem saber o que fazer, propôs colocá-lo no veículo para conduzi-lo ao Pronto Socorro, quando outro carro estacionou à porta e um médico saltou apressado.



O médico examinou o caso e identificou o grande mal asmático. Aplicou imediatamente uma adrenalina no pequeno, ensejando reação orgânica que lhe permitia conduzir o paciente ao hospital com possibilidades de salvação.



O motorista olhou o venerável senhor e baixou os olhos, envergonhado. Era o médico que ele se negara a trazer há pouco.



O paciente a quem o médico precisava atender, com urgência, era seu próprio filho.



Tantas vezes nos negamos a atender a um pedido que nos é feito porque achamos que não tem nada a ver conosco.



Esquecemos a recomendação de Jesus de fazermos aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem.



Diz-nos o bom senso que devemos fazer o bem sem olhar a quem, e para o praticarmos uma única condição é necessária: a de que alguém precise do nosso auxílio.



Não importa quem seja, que religião professe, a que nível social pertença.



Nada disso importa se levarmos em conta que somos todos filhos do mesmo Pai, do Criador do Universo que a todos nos colocou no mundo para que nos ajudemos mutuamente.



Costumamos dizer com frequência: Que Deus te ajude!



E temos também que nos perguntar:



Como é que Deus vai ajudar as pessoas, senão através das próprias pessoas?



É importante que pensemos nisso. Deus conta conosco, e cada vez que alguém precisar de ajuda, nos questionemos: E se fosse um ente muito caro ao meu coração? Como é que eu gostaria que o tratassem?



Agindo assim, jamais nos arrependeremos e certamente estaremos construindo um mundo bem melhor para todos nós.



* * *



Controla a má vontade e vence as qualidades inferiores.



O que negas a alguém te fará falta, agora ou depois.



Reflexiona, portanto, vigilante, antes de reagir.



Redação do Momento Espírita

Em 18.05.2009

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