sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Caridade Essencial

 

"E a caridade é esta: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o principio ouvistes; que andeis nele." - João. (II JOÃO, 6.)
Em todos os lugares e situações da vida, a caridade será sempre a fonte divina das bênçãos do Senhor.
Quem dá o pão ao faminto e água ao sedento, remédio ao enfermo e luz ao ignorante, está colaborando na edificação do Reino Divino, em qualquer setor da existência ou da fé religiosa a que foi chamado.
A voz compassiva e fraternal que ilumina o espírito é irmã das mãos que alimentam o corpo.
Assistência, medicação e ensinamento constituem modalidades santas da caridade generosa que executa os programas do bem. São vestiduras diferentes de uma virtude única. Conjugam-se e completam-se num todo nobre e digno.
Ninguém pode assistir a outrem, com eficiência, se não procurou a edificação de si mesmo; ninguém medicará, com proveito, se não adquiriu o espírito de boa-vontade para com os que necessitam, e ninguém ensinará, com segurança, se não possui a seu favor os atos de amor ao próximo, no que se refira à compreensão e ao auxílio fraternais.
Em razão disso, as menores manifestações de caridade, nascidas da sincera disposição de servir com Jesus, são atividades sagradas e indiscutíveis. Em todos os lugares, serão sempre sublimes luzes da fraternidade, disseminando alegria, esperança, gratidão, conforto e intercessões benditas.
Antes, porém, da caridade que se manifesta exteriormente nos variados setores da vida, pratiquemos a caridade essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação e a redenção de nós mesmos. Trata-se da caridade de pensarmos, falarmos e agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É a caridade de vivermos verdadeiramente nEle para que Ele viva em nós. Sem esta, poderemos levar a efeito grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas, em nosso benefício, espalhar notáveis obras de pedra, mas, dentro de nós mesmos, nos instantes de supremo testemunho na fé, estaremos vazios e desolados, na condição de mendigos de luz.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 14 edição. Capítulo 110. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1996.

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domingo, 20 de novembro de 2011

Ingratidão

 

Dentre os muitos inimigos morais do homem, a ingratidão assoma, relevante, na condição de filha dileta do egoísmo, que se nutre com as vérminas do orgulho.
A ingratidão estabelece síndromas de distúrbios comportamentais, que degeneram, a curto ou longo prazo, em problemas de alienação mental.
Nos dias hodiernos, a ingratidão toma corpo com muita facilidade, tornando-se elemento normal nas relações sociais, em lamentável agressão aos postulados éticos, quando não se tenha em conta a moral evangélica.
Filhos ingratos e genitores desleixados dos seus deveres, irmãos insensatos e cônjuges levianos, amigos desassisados pululam nas avenidas do mundo moderno, envergando roupagens de alto custo ou andrajos de miséria, igualados na mesma indigência espiritual.
Abençoa a mão que um dia se distendeu, generosa, no teu rumo, socorrendo-te e amparando-te.
Mesmo que ela, por acaso, se haja convertido em instrumento que te oferta o fel da amargura, recorda-te de quando te abençoou com a dádiva sem preço da misericórdia e da compreensão em que te apoiaste.
Da mesma forma que não é meritório fazer o bem e aguardar retribuição, não é justificável que se mutile a generosidade com as lâminas da ingratidão, em quem espalhou benefício.
Há pessoas que se acreditam somente credoras de receber ajuda, supondo-se privilegiados ante a vida, empanturradas de empáfia, fingindo ignorar a própria fragilidade.
Sorriem ante os que lhes estimulam as paixões dissolventes, demorando-se como belas flores de estufa, de vida breve, a nutrir-se do clima em que se consumirão.
São gentis, enquanto se locupletam, no entanto, afastam-se amargas e maledicentes da presença generosa de quem lhes foi devotado...
Censuram o benfeitor mediante alegações mesquinhas, justificando, com acusações, a própria enfermidade.
Aqueles por quem ora se entusiasmam, serão abandonados amanhã, com o mesmo ardor, logo não lhes posam ser úteis ou atendê-las nas suas exigências.
Não as censures, nem lhes concedas as tuas preocupações aumentando as dores que te ferem a alma.
Ora por elas, envolvendo-as de ternura. Elas estão equivocadas e despertarão um dia.
Prossegue ajudando quem te cruze o caminho, sem a preocupação de reter ninguém no teu círculo de afetividade.
O cristão autêntico não se faz compreender, ainda hoje, porém compreende sempre.
Seus pés sangram continuamente, porque a vida que escolheu é lição de progresso e libertação.
Mantém, na mente e no coração, o sentimento de gratidão por quem te auxilie. Desde que é dever socorrer e perdoar o inimigo, é muito mais justo permanecer fiel ao benfeitor e ao amigo.
Ninguém consegue o topo da subida, sem o primeiro passo, tanto quanto jamais alguém penetrará no insondável das realidades divinas sem a bênção do conhecimento haurido através da singeleza do alfabeto.
Por melhor que ora te encontres, por maiores que sejam os sinais do teu aparente progresso material, ignoras o amanhã...
E mesmo que sigas em contínua ascensão econômica e social, o crescimento moral tem regime de urgência e em todos estes campos não poderás negar a gratidão a quem, na tua hora de aspereza, concedeu-te o primeiro impulso, ofereceu-te mão generosa para que continuasses.
Não apenas os adversários, os invejosos e os políticos-religiosos infelizes fizeram-se os crucificadores de Jesus.
Foram, também, os amigos ingratos, os beneficiários reticentes, os companheiros moralmente dúbios...
Judas, que aparentava amá-lO, deixou-se enredar nos problemas que o perturbavam e, ingrato, O entregou...
Pedro, que Lhe era devotado, porém invigilante, tombando nas malhas de cruéis perturbações espirituais obsessivas O negou...
...E outros tantos que desapareceram, não Lhe ofertando amor ou fidelidade, carinho ou gratidão.
Muitos haviam sido aqueles a quem Ele ajudou; iluminou-os com a verdade e libertou-os dos males de vária procedência que os afligiam.
Sê grato, sempre, em qualquer circunstância, principalmente quando o teu companheiro gentil, se te apresente turbado ou triste, enfermo ou solitário, porquanto nesta fase é que ele necessita de amizade e não nos momentos em que pode doar, oferecer-se e amparar.
A gratidão, nascida da seiva do amor, é estrela que assinala cada alma na marcha da evolução, deixando sinais luminosos pelo caminho.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Otimismo. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Editora LEAL.

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Previna-se

 

Equilibre sua justiça, subtraindo-lhe as inclinações para a vingança.
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Acautele-se com o seu desassombro, para não cair em temeridade.
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Analise sua firmeza, para que se não transforme em petrificação.
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Ilumine suas diretrizes, a fim de que se não convertam em despotismo.
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Examine sua habilidade, evitando-lhe a internação em velhacaria.
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Estude sua dor para que não seja revolta.
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Controle seus melindres, de modo que se não instalem na casa sinistra do ódio.
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Vele por sua franqueza, a fim de que a sua palavra não destile veneno.
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Vigie seu entusiasmo para que não constitua imponderação.
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Cultive seu zelo nobre, mas não faça dele uma cartilha escura de violência.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

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domingo, 6 de novembro de 2011

MENSAGEM SEMANAL

O Maior Mandamento

4 – Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se ajuntaram em conselho. E um deles,que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhes disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração,e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas. (Mateus, XII: 34-40)
5 – Caridade e humildade, esta é a única via de salvação; egoísmo e orgulho, esta é a via da perdição. Esse princípio é formulado em termos precisos nestas palavras: “Amarás a Deus de toda a tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo; estes dois pensamentos contêm toda a lei e os profetas”. E para que não houvesse equívoco na interpretação do amor de Deus e do próximo, temos ainda: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás a teu próximo como a ti mesmo”, significando que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus, porque tudo quanto se faz contra o próximo, é contra Deus que se faz. Não se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.

sábado, 5 de novembro de 2011

Critério de Julgamento

 

Há uma tendência muito grande para o indivíduo supervalorizar ou desconsiderar as tarefas que executa.
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Por processo de auto-afirmação, um grande número de criaturas se crê a razão pela qual o Sol se movimenta nos espaços, superestimando-se, em prosaico processo de engrandecimento pessoal.
Não se dão conta de que todos possuem critérios de avaliação e de julgamento, derrapando no ridículo que poderiam evitar.
Tornam-se, assim, desagradáveis no trato e na convivência, evitados por uns e antipatizados por outros.
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Da mesma forma, encontramos larga faixa de pessoas que se subestimam e não concedem o valor que merecem às suas realizações.
Crêem-se incapazes para qualquer atividade e supõem-se dispensáveis em toda parte.
Pessimistas, por índole, fazem-se desestimulantes e arredios, caindo em frustrações desnecessárias.
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Dá o valor real aos teus atos.
Se poderias fazer melhor o que te parece imperfeito, logra-o da próxima vez.
Se consideras insignificante o teu feito, menor seria sem ele.
Se outros realizam com mais eficiência qualquer coisa, exercita-te e chegarás à mesma posição dele.
Todas as ações positivas são importantes no contexto geral da vida.
Até mesmo o erro tem o sentido de ensinar como se não deve fazer o que ora resulta prejudicial.
Esforça-te um pouco mais, quando estiveres produzindo algo, e, mediante o teu critério de julgamento, valoriza sem excesso nem depreciamento o que faças, pensando na finalidade para que se destina.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 27. LEAL.

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