Era tempo de Copa do Mundo
quando seu já frágil corpo físico partiu deste mundo.
Era tempo de Brasil campeão e
ele, por discrição, marca de sua personalidade, resolveu partir.
Partiu mas não nos deixou,
porquanto sua obra imortalizou-se por meio dos livros, palavras, mensagens de
conforto e alento aos corações que o buscavam.
Os livros vindos de sua
mediunidade ficaram e ficarão conosco por tempo indeterminado.
Então, ele não partiu
totalmente.
Está aqui, ali, acolá...
Deixou, aliás, além de livros,
exemplos...
Exemplos que estão aqui, ali,
acolá...
Exemplos que contagiam
gerações, que conquistam corações até os dias de hoje.
De quem eu falo?
Falo naturalmente de Chico
Xavier, Chico do Brasil, do mundo, das pessoas.
O Chico da naturalidade de um
Francisco e que se autodenominava apenas um cisco.
O eterno Chico que encantava
pela simplicidade, que conquistava pela singeleza de suas reflexões
extremamente profundas sobre os mais variados temas de nosso mundo.
É tão marcante sua presença que
extrapola os limites do movimento espírita e cai na graça do povo de um modo
geral.
Um ser humano tão rico, tão
extenso, tão complexo, mas ao mesmo tempo tão simples, tão acessível e próximo
ao povo.
Escrever sobre Chico é como se
escrever sobre um amigo querido, embora jamais o tenha visto pessoalmente.
Parece até que o vejo todos os dias na esquina de casa: Vai trabalhar, meu
filho? Deus te abençoe então.
As grandes almas não colocam
barreiras, mas, sim, constroem pontes de amor para que o próximo chegue até
eles.
Assim era Chico. Construtor de
pontes. E construiu tantas que mesmo em meio ao alvoroço pela conquista do
pentacampeonato mundial uma multidão acotovelou-se para dar-lhe a merecida
despedida em seu cortejo fúnebre.
Foi-se o homem Chico, mas ficou
seu legado.
Seu legado que pode ser
conjugado no verbo Chicar: Eu Chico, tu chicas, ele chica, nós chicamos, vós
chicais e, enfim, todos aprendem um pouco de amor...
Dia 30 de junho de 2002, data
em que um grande brasileiro nos deixou. Um brasileiro que sempre trabalhou,
honrou seu povo e muito mais do que médium, foi simplesmente brasileiro, foi
simplesmente Chico, naturalmente um cisco enorme que faz falta em nossa
sociedade atual.
Que a nossa geração estude a
vida de Chico, seus exemplos, sua história de vida...
Pois era tempo de Copa do Mundo
e ele nos deixou...
Wellington Balbo (Bauru – SP) é membro da Rede Amigo Espírita
Wellington Balbo é professor universitário, escritor e palestrante espírita, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática. É autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita, e dirigente espírita no Centro Espírita Joana D´Arc, em Bauru.
http://www.redeamigoespirita.com.br/group/artigosespiritas/forum/topics/era-tempo-de-copa-do-mundo-e-ele-se-foi-artigo-de-wellington-balb
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