quarta-feira, 12 de maio de 2010

SANTUÁRIO INTERIOR


Só existe, na vida, em verdade, uma edificação que resiste à ventania implacável das horas - aquela em que nossa alma recolhe da argila humana a experiência necessária para erguer em si mesma o templo da humildade e do amor...
Na procura da felicidade e da paz, todos somos viajantes do mundo, caminhando sobre as cinzas de nossos ídolos mortos.
Construímos palácios de ouro de que nos retiramos desencantados e abraçamos paixões que nos calcinam os sonhos, a fogo de aflição.

Seguimos para diante, entre flores que morrem, luzes que se apagam, cânticos que emudecem...

Só existe, na vida, em verdade, uma edificação que resiste à ventania implacável das horas – aquela em que nossa alma recolhe da argila humana a experiência necessária para erguer em si mesma o templo da humildade e do amor.
Santuário feito de suor e de lágrimas, nele rendemos culto incessante à compreensão e à fraternidade, por facultar-nos mais amplo entendimento da Bondade de Deus.
Nele, por vezes, agoniada solidão nos aflige, entretanto, é aí dentro que conseguimos silêncio bastante para ouvir os apelos do Alto que nos conclamam à Luz Espiritual, através da renunciação no bem dos outros.
E, quase sempre a fim de erigi-lo, no coração e na consciência, é imprescindível padecer provas e dores que nos aproximem da vida.
Alcançando-o, porém, respiramos na antecâmara da Vida Mais Alta, porque aí, nesse recanto indevassável fala o Mestre e ouve o aprendiz, assimilando, por fim, a lição que o integrará na posse do Céu em si mesmo para sempre.
(Do livro "Visão Nova", pelo Espírito AGAR, Francisco Cândido Xavier, Autores Diversos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário