sexta-feira, 30 de abril de 2010

PRUDÊNCIA E PACIÊNCIA






As enfermidades, as intempéries o fanatismo, a hipocrisia e outras coisas mais, indicamos necessidade de cultivarmos a prudência e a previdência. Necessitamos ser prudentes e previdentes em nossos negócios, comprando só o que precisamos, e fiando só o que podemos; ser prudente e previdente com nossas amizades com as nossas palavras: porque, as vezes uma palavras, porque as vezes uma palavra é o bastante para tornar um lar infeliz; destruir uma amizade tão cara, e que já mais a adquiriremos: é por faltar a prudência e previdência que em muitos lares não há paz que a nossa saúde periclita que os nossos haveres se esvaem que a nossa vida se desmorona que o nosso crédito se desfaz é por falta de prudência e previdência que diariamente presenciamos desastres em todos o gênero de atividades e até mesmo na moral de forma que para podermos possuir a terra, temos necessidade de sermos prudentes, previdentes, resignados , perseverantes e constantes sem estas qualidades não há mansuetude não há paciência sem paciência, não há humildade, sem humildade, não há amor, sem amor não há salvação, sem paciência não podemos vencer os obstáculos multiformes que nos rodeiam. Como vemos, a paciência, é uma das virtudes básicas que interpenetra todas as outras.
Se nos morre um dos entes queridos, os amigos com ares compungidos, logo nos dizemos, tinha paciência, se ficamos doentes, tenha paciência, se perdermos os haveres ou o emprego, tenha paciência, se perdermos o trem ou cairmos, tenha paciência: é a paciência, sempre a paciência que se evoca para resolver todos as coisas dolorosas e inesperadas.
Uma vez que todos falam em paciência, é porque devem saber o que é paciência. Agora, pergunto o que é a paciência?
Diante desta pergunta inesperada, ficam mudos , porque não tem refletido sobre ela. Para uns, paciência é ficar com os braços cruzados, para esses digo: que paciência dessa forma, é preguiça, para outros, paciência é esperar que, o que querem se realize, sem nada fazer para isso: a esses digo que permanecer assim, é ignorância.
Se cruzar os braços é preguiça e esperar a realização de seus desejos sem nada fazerem é ignorância, então o que é a paciência? A paciência, meus amigos, é uma força da alma, é uma potência divina, uma qualidade do espírito, que dentro de nós se acha em gérmen, em estado latente, está em gérmen dentro de nós, como dentro de uma semente de laranja em gérmen se encontra uma laranjeira, com tronco, galhos, flores, perfume e frutas sazonados e doces, mas, se partirmos essa semente, nada disso encontramos mas sabemos que lançando a terra essa semente, germinará e se cultivarmos no fim de certo tempo, teremos uma laranjeira carregada de frutas premiando os nossos esforços.
Assim é a paciência, é preciso ser cultivada. Para a semente de laranja, sabemos que é no solo, mas a paciência que é impalpável, intangível, em que lugar a devemos cultivar? É no campo dos aborrecimentos, contrariedades e amolações, é no plano da incompreensão e dos prejuízos. A laranjeira deu nos laranjas, mas quais são as frutas da paciência ? São a serenidade, a calma, a tranqüilidade, a imperturbabilidade, esse tesouro que o ladrão não rouba, a ferrugem não corrói, e o tempo não consome.
Se nunca ninguém nos aborrecer, amolar, perturbar e prejudicar sendo atendido por todos, e por todos obedecido, ficaremos sem oportunidade de cultivarmos a paciência. Logo é preciso que nos aborreçam além e prejudiquem, é indispensável passar por estas contrariedades e motivos.
Os que nos aborreçam, contrariam e prejudicam, deixam de ser nossos inimigos, para serem nosso benfeitores, sendo nossos benfeitores são nossos credores, sendo nossos credores precisam pagar-lhes e de que forma? Perdoando-lhes incondicionalmente tudo o que nos fizeram, e em troca fazer-lhes todo o bem que estiver ao nosso alcance. Cientes que, com desesperos, não se resolvem dificuldades, com gritos, não se adquire direitos, e que as ações, são de quem as pratica e não de quem as recebe. Só com esta conduta possuiremos as nossas almas. Arredaremos senão todos ao menos grande parte dos obstáculos que impedem a divulgação da doutrina de Jesus.
Autor e Local da Publicação Não Anotados

SOMENTE ASSIM



"Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos." - Jesus. (JOÃO, 15:8.)
Em nossas aflições, o Pai é invocado.
Nas alegrias, é adorado.
Na noite tempestuosa, é sempre esperado com ânsia.
No dia festivo, é reverenciado solenemente.

Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos.
Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-Lo, para que, um dia, nos integremos, vitoriosos, em seu divino amor e possamos glorificá-Lo.
Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.
Nossos ideais superiores são imprescindíveis, e no fundo assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, e, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável. Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, e representam as folhas vivas e promissoras.
Todos esses requisitos são imperativos da colheita.
Assim também ocorre nos domínios da alma.
Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno.
Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação.
Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

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Mais informações acesse : www.caminhodeluz.com.br

O UMBRAL



"O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos."
Narra André Luiz: "Após receber tão valiosas elucidações, aguçava-se-me o desejo de intensificar a aquisição de conhecimentos relativos a diversos problemas que a palavra de Lísias sugeria. As referências a espíritos do Umbral mordiam-me a curiosidade. A ausência de preparação religiosa, no mundo, dá motivo a dolorosas perturbações. Que seria o Umbral? Conhecia, apenas, a idéia do inferno e do purgatório, através dos sermões ouvidos nas cerimônias católico-romanas a que assistira, obedecendo a preceitos protocolares. Desse Umbral, porém, nunca tivera notícias.
Ao primeiro encontro com o generoso visitador, minhas perguntas não se fizeram esperar. Lísias ouviu-me, atencioso, e replicou:
- Ora, ora, pois você andou detido por lá tanto tempo e não conhece a região?
Recordei os sofrimentos passados, experimentando arrepios de horror.
- O Umbral - continuou ele, solícito - começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Quando o espírito reencarna, promete cumprir o programa de serviços do Pai; entretanto, ao recapitular experiências no planeta, é muito difícil fazê-lo, para só procurar o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é que mantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesma paixão pelos amigos. Mas, nem o ódio é justiça, nem a paixão é amor. Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica a economia da vida. Pois bem: todas as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidos carnais. O dever cumprido é uma porta que atravessamos no Infinito, rumo ao continente sagrado da união com o Senhor. É natural, portanto, que o homem esquivo à obrigação justa, tenha
essa bênção indefinidamente adiada.
Notando-me a dificuldade para apreender todo o conteúdo do ensinamento, com vistas à minha quase total ignorância dos princípios espirituais, Lísias procurou tornar a lição mais clara:
- Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências anteriores. Compartilhando, de novo, as bênçãos da oportunidade terrestre, esquecemos, porém, o objetivo essencial, e, ao invés de nos purificarmos pelo esforço da lavagem, manchamo-nos ainda mais, contraindo novos laços e encarcerando-nos a nós mesmos em verdadeira escravidão. Ora, se ao voltarmos ao mundo procurávamos um meio de fugir à sujidade, pelo desacordo de nossa situação com o meio elevado, como regressar a esse mesmo ambiente luminoso, em piores condições? O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.
A imagem não podia ser mais clara, mais convincente. Não havia como disfarçar minha justa admiração. Compreendendo o efeito benéfico que me traziam aqueles esclarecimentos, Lísias continuou:
- O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. E note você que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta. Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que semelhantes lugares se caracterizem por grandes perturbações. Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie. Formam, igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração das tendências e desejos
gerais. Muita gente da Terra não recorda que se desespera quando o carteiro não vem, quando o comboio não aparece? Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos, após a morte do corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida eterna é a glória intransferível dos que trabalham com o Pai, essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações. "Nosso Lar" tem uma
sociedade espiritual, mas esses núcleos possuem infelizes, malfeitores e vagabundos de várias categorias. É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.
Valendo-me da pausa, que se fizera espontânea, exclamei, impressionado:
- Como explicar? Então não há por lá defesa, organização?
Sorriu o interlocutor, esclarecendo:
- Organização é atributo dos espíritos organizados. Que quer você? A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio, o agricultor que não semeou não pode colher. Uma certeza, porém, posso dar-lhe: - não obstante as sombras e angústias do Umbral, nunca faltou lá a proteção divina. Cada espírito lá permanece o tempo que se faça necessário. Para isso, meu amigo, permitiu o Senhor se erigissem muitas colônias como esta, consagradas ao trabalho e ao socorro espiritual.
- Creio, então - observei -, que essa esfera se mistura quase com a esfera dos homens.
- Sim - confirmou o dedicado amigo -, e é nessa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes humanas entre si. O plano está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, em verdade, todo espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente não pode compreender. Quem pensa, está
fazendo alguma coisa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Toda alma é um ímã poderoso. Há uma extensa humanidade invisível, que se segue à humanidade visível. As missões mais laboriosas do Ministério do Auxílio são constituídas por abnegados servidores, no Umbral, porque se a tarefa dos bombeiros nas grandes cidades terrenas é difícil, pelas labaredas
e ondas de fumo que os defrontam, os missionários do Umbral encontram fluidos pesadíssimos emitidos, sem cessar, por milhares de mentes desequilibradas, na prática do mal, ou terrivelmente flageladas nos sofrimentos retificadores. É necessário muita coragem e muita renúncia para ajudar a quem nada compreende do auxílio que se lhe oferece.
Interrompera-se Lísias. Sumamente impressionado, exclamei:
- Ah! como desejo trabalhar junto dessas legiões de infelizes, levando-lhes o pão espiritual do esclarecimento!
O enfermeiro amigo fixou-me bondosamente, e, depois de meditar em silêncio, por largos instantes, acentuou, ao despedir-se:
- Será que você se sente com o preparo indispensável a semelhante serviço?"
(Nosso Lar, cap. 12, André Luiz/Chico Xavier, FEB)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Você é Feliz?



"As pessoas não conhecem a própria felicidade, mas a dos outros não lhes escapa nunca." PIERRE DANINOS

Todos estão à procura da felicidade. Ninguém diria em sã consciência que não deseja ser feliz. Ricos e pobres, homens e mulheres, crianças e adultos, doentes e sãos, religiosos e ateus, enfim, todos querem a tal felicidade. Daí por que todos a procuram, nos mais variados lugares e das mais diferentes formas. Mas, se a procura é grande, nem sempre o encontro ocorre.
Para muitos, a conquista da felicidade está associada à aquisição de bens materiais. Pensam, por exemplo, que serão felizes quando comprarem aquele carro importado, aquela casa na praia ou quando ganharem grande fortuna na loteria. E, por vezes, chegam até ao intento sonhado, mas, a despeito da riqueza, continuam infelizes, sentem um enorme vazio existencial. A fortuna alcançada só aumentou a carga de sofrimentos daquela pessoa, com o acréscimo das preocupações que antes não a visitavam.
Outros ancoraram o sonho da felicidade na busca da fama, do sucesso, do poder. Imaginam que só o reconhecimento público de seus talentos artísticos ou intelectuais poderá fazê-los felizes. E, de igual forma, muitas vezes vem o sucesso, vem a consagração, mas a felicidade não vem junto. Ao contrário, ficaram mais tristes. Apesar de serem publicamente conhecidos, continuam sós. Temem a aproximação das pessoas. Vivem a dualidade da fama e da solidão e dizem, com freqüência, que dariam tudo para levar uma vida comum. Certa feita, ouvi de um famoso cantor que seu maior desejo era poder ir à praia como uma pessoa comum. Mas a fama não lhe permitia desfrutar desse simples prazer da vida.
Para outros a felicidade está condicionada à inexistência de problemas. Dizem eles:
"Como posso ser feliz carregando vários tormentos?"
E assim caminham pela vida aguardando o dia em que seus problemas terminem para aí sim desfrutarem a tal felicidade.
Mas existirá alguém na face da terra que não tenha problemas?
Não pensemos que uma pessoa rica esteja isenta de dificuldades. Pode não ter as preocupações com a moeda, mas certamente tem outras aflições que a riqueza não é capaz de superar. O ouro não resolve todos os problemas. Que o digam aqueles afortunados que desejariam saborear as melhores comidas do mundo, mas que por doenças tormentosas sequer podem alimentar-se de um simples prato de arroz e feijão.
Então muitas pessoas estão condicionando a felicidade à ocorrência de um fator externo. Só serão felizes quando forem ricas; quando forem famosas; quando forem amadas; quando arranjarem um bom emprego; quando não tiverem problemas; e a lista prossegue sem fim.
E nós? Será que também estamos condicionando a nossa felicidade a algum acontecimento, a algum bem material, a alguma pessoa? Será esse o caminho da felicidade? Certamente, não. A felicidade não está fora de nós. Ela é, antes de tudo, um estado de espírito, uma maneira de ver a vida e não um determinado acontecimento.
Deus, que nos quer bem e, portanto, deseja a nossa felicidade, não faria com que este sublime sentimento ficasse na dependência de algum evento futuro, incerto e externo.
Podemos alcançar a felicidade hoje, agora, a despeito dos problemas que estejamos enfrentando. Basta olhar a vida com outros olhos, mudando as lentes pelas quais enxergamos os fatos.
A vida não é um problema, é um desafio.
Ela nos apresenta oportunidades de crescimento, notadamente nos setores onde mais necessitamos. Por detrás dos problemas existem lições, desafios, tarefas. E grande ventura tomará conta de nós quando vencermos os obstáculos que a vida nos apresenta. O Sermão da Montanha é a pura prova de que somente serão bem-aventurados aqueles que souberem superar as dificuldades da vida. Se o amigo leitor ainda não está convencido, basta então olhar para as pessoas felizes e verificar que todas elas passaram por grandes provas e expiações. Lembremo-nos dos primeiros cristãos, que seguiam cantando alegres até a arena onde seriam devorados pelas feras.
Lembremo-nos da felicidade de Francisco de Assis, conquistada na humildade, na pobreza e no serviço ao próximo. O santo da humildade era moço rico, mas vivia amargurado na riqueza que possuía. Só encontrou a paz depois que renunciou à vida fácil e se entregou à riqueza do espírito. Não nos esqueçamos de que Paulo de Tarso, que na condição do poderoso Saulo era infeliz, mas voltou a viver após o célebre encontro com Jesus na Estrada de Damasco. Paulo perdeu o poder temporal, mas encontrou a felicidade pessoal. Gandhi encontrou a sua felicidade na luta pela paz. Madre Tereza e Irmã Dulce, apesar dos inúmeros padecimentos que sofreram, conseguiram encontrar a felicidade na felicidade que podiam proporcionar aos desvalidos do caminho. Albert Schweitzer(1), médico, encontrou a felicidade vivendo 52 anos de sua vida entre os povos primitivos da África.
Como esquecer a permanente alegria de Chico Xavier? E olha que problemas na vida não lhe faltaram. Perguntem ao médium de Uberaba se ele estaria disposto a passar por todas as provações que a vida lhe marcou. A resposta já é conhecida de todos. Chico já disse mais de mil vezes que faria tudo de novo e que pretende, no mundo espiritual, continuar a sua tarefa de médium.
Então, amigo, a felicidade não consiste em ter bens materiais, posição social ou poder político.
A felicidade não pode ser conquistada fora de nós, embora seja sempre lá que a procuramos.
Vicente de Carvalho já considerou que a felicidade existe, mas é difícil de ser alcançada, porque está sempre onde a pomos e nunca a pomos onde estamos. E nós já dispomos de tudo para sermos felizes hoje, apesar das dificuldades pelas quais atravessamos. Aliás, são os desafios que nos impulsionam ao progresso. Já pensou o que seria da sua vida sem desafios? Será que você agüentaria passar o resto de sua vida deitado numa rede? Por quanto tempo você conseguiria viver na ociosidade? Nunca vi um espírito superior ficar um minuto sem trabalho. Encaremos a vida com os olhos do bem, com a visão do amor e com o concreto desejo de olharmos à nossa volta e verificarmos que o Pai tudo nos legou para que a nossa felicidade se efetive já. Abençoemos o trabalho em que a vida nos situou; santifiquemos a família terrena do jeito que os familiares são; enfrentemos com dinamismo e alegria os obstáculos da vida e assim, amando e servindo, haveremos de encontrar a felicidade que há muito tempo espera por nós.
Será que você vai concordar comigo?


1 - Albert Schweitzer (1875-1957), médico, teólogo, escritor e filósofo. Em 1952, foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz. Aos 26 anos, tinha diplomas de doutor em filosofia, teologia e música. Depois, com 30 anos, deixou suas carreiras para estudar medicina, alegando que estava cansado de palavras e queria ação. Decidiu partir para a África, em trabalho missionário, exercendo a medicina em plena selva junto aos irmãos daquele continente (Albert Schweitzer por ele mesmo, Ed. Martin Claret).

quarta-feira, 28 de abril de 2010

CONTRATO ASSINADO




Autor:
Orson Carrara

Sabe os atropelos próprios de cada dia? Lembra-se das doenças e eventos externos que supomos nos agridem? Recordas os apuros financeiros, familiares, sociais que todos enfrentamos?

Pois eles normalmente trazem consigo algumas aflições, perturbações e mesmo dores físicas e morais, não é mesmo? Muitas vezes nós mesmos somos causa deles, por causa de nossas precipitações, medos, exageros, imprudências e outros descuidos. Mas eles também surgem por iniciativa alheia, que nos agridem verbal ou fisicamente, e até mesmo sem qualquer relacionamento verbal ou pessoal...

Pois todas essas situações adversas, de menor ou maior intensidade integram algumas cláusulas contratuais de importante contrato assinado, que ora se cumpre com sabedoria.

Ocorre que as adversidades, os eventos externos que nos consideramos nos agridem, os atropelos, enfermidades, conflitos de relacionamento, entre outros apuros e situações difíceis ou desagradáveis, longas e muitas vezes doloridas, integram o gigantesco processo de aprendizado em que estamos inseridos. Seja como uma prova de crescimento ou superação, seja como conseqüência de atitudes precipitadas ou inconseqüentes, ou ainda por necessidades que apresentamos. É fácil raciocinar sobre isso: nossa própria condição evolutiva, de precariedade moral, nos sujeita a isso, todavia, raciocine comigo.

Imagine que ao cursar uma universidade, estamos nos expondo a todos os desdobramentos que o curso impõe: provas, trabalhos, pesquisas, estudos muitas vezes cansativos, ansiedades, expectativas nem sempre agradáveis, conclusão de curso e seus aspectos próprios, além da colação e finalmente o jantar e baile de formatura. Assim que aderimos ao curso estamos como que assinando um contrato, cujas cláusulas determinam os prérrequisitos de conclusão do citado curso. É como iniciar um processo para aquisição da carteira de habilitação. Igualmente nos sujeitamos, voluntariamente, aos desdobramentos próprios, que são provas que nos habilitarão.

Por outro lado, nossas opções equivocadas ou precipitadas, nossas escolhas nem sempre acertadas são geradoras de conseqüências, nem sempre fáceis ou agradáveis.

Pois é isso. Estamos todos no enfrentamento de provas ou conseqüências. E também, por sabedoria da própria vida, enfrentando riscos e situações de aprendizado que atendam nossas carências e limitações.

A dor, pois, de qualquer origem, seja física ou moral, é resultado de contrato assinado, aceito, sugerido, enviado ou imposto, por força de nossas carências, limitações, necessidades de aprendizado, como prova ou conseqüência de nossas opções e decisões. São cláusulas contratuais que nos colocam nas situações que mais necessitamos para amadurecer.

Assim é que vivemos em lugares, situações e com pessoas que nos ensinam a viver, embora as consideremos ofensoras, malcriadas, agressivas. Na verdade, são nossos autênticos professores, os que nos colocam nos trilhos da educação e da disciplina.

Por que reclamamos agora? Trata-se de aprendizado que nos amadurece.

Quando foi assinado? Ah! Trouxemos na bagagem...

TRANQUILIDADE



(Joanna de Ângelis)


Conceituas tranqüilidade qual se fora inércia ou indolência, dever ausente, lazer demorado. Face a isso pensas em férias, recreação, letargo, com que supões lenir aflições íntimas, solucionar problemas e complexidades do cotidiano.

Talvez consigas, em misteres de tal natureza, renovar forças, catalisar energias, predispor-te. Sem e esforço interno, intransferível com que te defrontarás, assumindo posição decisiva para os embates de reeducação, dificilmente lograrás êxito.

A tranqüilidade independe de paisagens, circunstâncias e ocasiões. Estabelece-se no espírito como resultado de uma consciência pacificada, que decorre, a seu turno, de uma vivência moral e social concorde com os postulados de enobrecimento espiritual.

Fatores externos criam, às vezes, possibilidades, circunstâncias para as aquisições do espírito. É, porém, nas refregas da evolução, lapidando imperfeições e arestas, que o homem se auto-descobre, conhece-se e premia-se com a ação libertadora.

O cansaço, o desaire, a perseguição, a dor não obstante aflijam, jamais logram romper a armadura da tranqüilidade real.

Quando existe harmonia interior os ruídos de fora não ecoam perturbadoramente. Se condicionas a tua tranqüilidade a lugares, pessoas e fatores externos, submetes-te, apenas, ao anestésico condicionante para o lazer dos sentidos.

Se necessitas de silêncio, melodias, ginásticas para a tranqüilidade, apenas estás no rumo. Sem que te possas manter sereno no retiro da natureza ou na atividade das ruas, entre sons harmoniosos e a poluição sonora, ritmos ginastas e a esfalfa das correrias nas leiras da caridade junto ao próximo, a tua aquisição ainda é miragem diletante, que facilmente se diluirá.

Se te enerva a espera ou te desagradam o cansaço e o medo, ruis, somente, comodidades, encontrando-te longe da tranqüilidade real.

Um espírito tranqüilo não se atemoriza nem se enfada não se desarranja nem se rebela, porquanto, pacificado pela consciência reta, vibram nele as energias da renovação constante e do otimismo perene.

Jesus, no Sermão da Montanha ou no Gólgota, manteve-se o mesmo. Estatuindo a carta magna para a Humanidade, louvou Deus e padecendo a injustiça humana agradeceu ao Pai, enquanto perdoou os homens.

Íntegro, confiante, demonstrou até o momento último que a tranqüilidade é preciosa aquisição com que a vitória da vida coroa as lutas nas incessantes batalhas do existir.

Do Livro Leis Morais da Vida, psicografado por Divaldo P. Franco, ditado pelo espírito Joanna de Ângelis.

terça-feira, 27 de abril de 2010

MANEIRA DE ORAR





O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar!
A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até àquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança.
Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.
A prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que abrevie as provas, que dê alegrias e riquezas.
Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: "Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende." Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito.
O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: "Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças." Insensatos! Ingratos!
Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós. (Cap. V, nº 4.)
Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas. A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles.
Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física? Não é ato de reconhecimento o elevardes a ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?!
Não é ato de contrição se humilhar diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me forças para não falir de novo e coragem para a reparação da minha falta?!
Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica.
Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional.

Do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, escrito escrito por Allan Kardec, ditado pelo espírito V. Monod (1862).
EG

segunda-feira, 26 de abril de 2010

SER ESPÍRITA




Filhos, ser espírita é oportunidade de vivenciar o Evangelho em espírito e verdade.

O seguidor da Doutrina é alguém que caminha sobre o mundo, mais consciente de seus erros que de seus acertos. Por este motivo - pela impossibilidade de conformar os interesses do homem velho com os anseios do homem novo, ele quase sempre deduz que professar a fé espírita não é tarefa fácil.

Toda mudança de hábito, principalmente daquele que lhe esteja mais arraigado, impõe à criatura encarnada sacrifícios inomináveis.

O rompimento com o “eu” é um parto laborioso, em que, não raro, sem experimentar inúmeras recaídas, o espírito não vem à luz...

O importante é que não vos deixeis desalentar. Recordai que, para o trabalho inicial do Evangelho, Jesus requisitou o concurso de doze homens e não de doze anjos.

Talvez o problema maior para os companheiros de ideal que se permitem desanimar, ante as fragilidades morais que evidenciam, seja o fato de suporem ser o que ainda não o são.

Sem dúvida, os que vivem ignorando as próprias necessidades, aparentemente vivem em maior serenidade de quantos delas já tomaram consciência; não olvideis, contudo, que a apiração do melhor é intrínseca à sua natureza - o homem sempre há de querer ser mais...

Na condição, pois, de esclarecidos seguidores da Doutrina Espírita, nunca espereis vos acomodar, desfrutando da paz ilusória dos que não se aprofundam no conhecimento da Verdade que liberta.

Onde estiverdes, estareis sempre inquietos pelo amanhã.

A aflição que Jesus bem-aventurou, é aquela que experimenta quem se põe a caminho e não descansa antes de concluir a jornada.

Filhos, apesar dos percalços externos e de vossos conflitos íntimos, aceitai no Espiritismo a vossa melhor chance de redenção espiritual, e isto desde o começo de vossas experiências reencarnatórias. Valorizai o ensejo bendito e não culpeis a Doutrina pelas vossas mazelas.

Por: Bezerra de Menezes
Livro: A Coragem da Fé
Psicografia: Carlos Bacelli

REENCARNAÇÃO



Reencarnação nem sempre é sucesso expiatório, como nem toda luta no campo físico expressa punição.
Suor na oficina é acesso à competência.
Esforço na escola é aquisição de cultura.
Porque alguém se consagre hoje à Medicina, não quer isso dizer que haja ontem semeado moléstias e sofrimentos.
Muitas vezes, o Espírito, para senhorear o domínio das ciências que tratam do corpo, voluntariamente lhes busca o trato difícil, no rumo de mais elevada ascensão.
Porque um homem se dedique presentemente às atividades da engenharia, não exprime semelhante escolha essa ou aquela dívida do passado na destruição dos recursos da Terra.
Em muitas ocasiões, o Espírito elege esse gênero de trabalho, tentando crescer no conhecimento das leis que regem o plano material, em marcha para mais altos postos na Vida Superior.
Entretanto, se o médico ou o engenheiro sofrem golpes mortais no exercício da profissão a que se devotam, decerto nela possuem serviço reparador que é preciso atender na pauta das corrigendas necessárias e justas.
Toda restauração exige dificuldades equivalentes. Todo valor evolutivo reclama serviço próprio.
Nada existe sem preço.
Por esse motivo, se as paixões gritam jungidas aos flagelos que lhes extinguem a sombra, as tarefas sublimes fulgem ligadas às renunciações que lhes acendem a luz.
À vista disso, não te habitues a medir as dores alheias pelo critério de expiação, porque, quase sempre, almas heróicas que suportam o fogo constante das grandes dores morais, no sacrifício do lar ou nas lutas do povo, apenas obedecem aos impulsos do bem excelso, a fim de que a negação do homem seja bafejada pela esperança de Deus.
Recorda que, se fosses arrebatado ao Céu, não tolerarias o gozo estanque, sabendo que os teus filhos se agitam no torvelinho infernal. De imediato, solicitarias a descida aos tormentos da treva para ajudá-los na travessia da angústia...
Lembra-te disso e compreenderás, por fim, a grandeza do Cristo que, sem débito algum, condicionou-se às nossas deficiências, aceitando, para ajudar-nos, a cruz dos ladrões, para que todos consigamos, na glória de seu amor, soerguer-nos da morte no erro à bênção da Vida Eterna. (Reunião pública de 6/4/59
Questão nº 617, Religião dos Espíritos, Francisco Cândido Xavier)

domingo, 25 de abril de 2010

EVANGELHO NO LAR


1. Escolha o dia de sua preferência. Sugerimos um dia de fácil memorização.
2. Escolha um aposento silencioso e agradável da casa, de preferência a sala de jantar, e que esteja com os aparelhos eletro-eletrônicos desligados.
3. Coloque uma jarra com água sobre a mesa, para fluidificação. Na falta dessa podem ser utilizados copos, qualquer um, em número correspondente aos integrantes do Evangelho.
4. Sentar-se à mesa sem alarde e sem barulho.
5. Fazer a prece de abertura, a que toque mais fundamente o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é, repetimos, o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.
6. Após, fazer uma leitura breve de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Comentar com palavras próprias o trecho lido. No início poderá existir certa timidez mas, com o correr do tempo, os comentários surgirão espontaneamente pois que os Espíritos amigos estarão auxiliando na compreensão dos textos selecionados.
7. Os demais integrantes poderão tecer comentários também, caso o desejem, mesmo que estes levem a assuntos pessoais e/ou a diálogos, naturalmente que sempre pertinentes ao tema em foco. O Evangelho no Lar é antes de tudo uma reunião de Espíritos reencarnados no mesmo ambiente, buscando através da prece, da elevação de pensamentos e do diálogo fraterno, o amparo e o auxílio do Mais Alto para seus problemas e necessidades. Não deve ser jamais solene ou ritualístico, com palavras e movimentos decorados a lembrar missas e demais cultos.
8. Para incentivar a participação dos filhos ou demais membros, com exceção do pequeninos, é conveniente pedir que leiam mensagens espíritas, para reflexão do grupo. Incentivar também, com carinho, o comentário após a leitura. Sugerimos aqui os livros Fonte Viva e/ou Pão Nosso, de Emmanuel, Agenda Cristã e/ou Sinal Verde, de André Luiz.
9. Proferir a prece de encerramento e rogar, como exemplo, pela paz, harmonia, saúde e felicidade dos membros da reunião e de todos com os quais convivem. Desejando, rogar também pelos doentes, desamparados e infelizes da Terra. Por último, pedir a bênção de Deus para os familiares desencarnados, sem temor. A lembrança da prece alegra e pacifica os que partiram.
10. É completamente desaconselhável qualquer manifestação mediúnica durante o Evangelho no Lar.
11. Servir, após a prece de encerramento, a água fluidificada.
12. Tempo: o necessário para a família. Sugerimos uma reunião de 15 a 30 minutos. Música: sim, se for do agrado de todos. Sugerimos música instrumental, em volume baixo.
Elaborado pelo Instituto André Luiz
Site Espírita André Luiz - www.institutoandreluiz.org/

O MAIS IMPORTANTE




Provavelmente você estará atravessando longa faixa de provações em que o ânimo quase que se lhe abate.
Crises e problemas apareceram.
Entretanto, paz e libertação, esperança e alegria dependem de sua própria atitude.

Se veio a colher ofensa ou menosprezo, você mesmo pode ser o perdão e a tolerância, doando aos agressores o passaporte para o conhecimento deles próprios.
Se dificuldades lhe contrariaram a expectativa de auto-relização, nesse ou naquele sentido, a sua paciência lhe fará ver os pontos fracos que precisa anular a fim de atingir a concretização dos seus planos em momentos mais oportuno.
Se alguém lhe impôs decepções, o seu entendimento fraterno observará que isso é uma benção de vida imunizando-lhe o espírito contra a aquisição de pesados e amargos compromissos futuros.
Se experimenta obstáculos na própria sustentação, o seu devotamento ao trabalho lhe conferirá melhoria de competência e a melhoria de competência lhe elevará o nível de compensações e recursos.
Se você está doente, é a sua serenidade, com a sua cooperação, que se fará base essencial de auxílio aos médicos e companheiros que lhe promovem a cura.
Se sofre a incompreensão de pessoas queridas, é a sua bondade, com o seu despreendimento, que se lhe transformará em arrimo para que os entes amados retornem ao seu mundo afetivo.
Evite as complicações de rebeldia e inconformidade, ódio e inveja, egoísmo e desespero que apenas engrossarão o seu somatório de angústia.
Mudanças, aflições, anseios, lutas, desilusões e conflitos sempre existiram no caminho da evolução. Por isso mesmo, o mais importante não é aquilo que aconteça e sim o seu modo de reagir.
André Luiz
("Na Era do Espírito", 22, edição GEEM)

sábado, 24 de abril de 2010

CINEMA



A força do ESPÍRITO

IMPULSIONADOS PELO FILME CHICO XAVIER, QUE JÁ BATEU RECORDES DE BILHETERIA, CENTROS ESPÍRITAS PERCEBEM A PROCURA DE CURIOSOS EM BUSCA DE MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O ASSUNTO

Talvez seja o tom de mistério que leva doutrinas como o espiritismo a despertar tanto interesse no público, mesmo que o assunto já tenha sido esmiuçado em tantas obras. Mas o fato é que o filme Chico Xavier reacendeu a curiosidade daqueles que nunca pisaram em um centro espírita. O tema estava adormecido pela mídia desde 2002, depois da morte de seu mais ilustre representante brasileiro, mas voltou a fazer parte das rodas de discussões e a aquecer o mercado cinematográfico sobre o assunto.

Em todo o Brasil, o filme inspirado na obra do jornalista Marcel Souto Maior e que estreou no dia em que o médium Francisco Cândido Xavier completaria cem anos, bateu o recorde de bilheteria no primeiro fim de semana de exibição, com 590 mil espectadores. Depois de três semanas em cartaz, mais de duas milhões de pessoas já assistiram ao longa. A arrecadação até agora é de R$ 18,5 milhões. Em Joinville, as duas empresas de cinema estrearam o filme em quatro horários diários e seguem as exibições com quase o mesmo número de sessões. No GNC Cinemas, por exemplo, a média de público foi de três mil na primeira semana, 2,2 mil na segunda e mil na terceira. Para se ter uma comparação, “Os Normais 2”, em todo o período em que ficou em cartaz, levou quase seis mil pessoas, número que o filme do médium já bateu, e ainda vai aumentar.

Sucesso nos cinemas, o filme também pode ter ajudado nas vendas do estande da Federação Espírita Catarinense na Feira do Livro de Joinville, um dos mais visitados nos dez dias do evento. As vendas de obras sobre espiritismo e psicografia disponíveis tiveram um aumento de 80% em relação ao ano passado.

Nunca os sete centros espíritas de Joinville receberam a visita de tantos interessados na doutrina. Até espíritas que estavam afastados retomaram a participação nos encontros, segundo o presidente da Federação Espírita Catarinense, Elonyr Teixeira. “Motivados pelo filme, muitos vêm buscar soluções para os problemas e inquietações, mas o que pregamos é a orientação espiritual. A solução está dentro das pessoas”, explica Teixeira, que acha o número de centros na cidade pouco para atender a grande procura. “O ideal é que tivesse um centro em cada bairro”, reforça.

O fato é que depois de conhecer a vida de Chico Xavier, inevitavelmente as pessoas passaram a se interessar pela doutrina. Mesmo que a versão de Daniel Filho tenha sido baseada em relatos do próprio médium e de pessoas que conviveram com ele, floreadas com algumas estratégias ficcionais, como em qualquer outra produção cinematográfica, Teixeira, que conheceu o médium pessoalmente, afirma que de forma geral o longa foi bem fiel à realidade e traz uma boa imagem para o espiritismo.

Uma das únicas cenas que fogem da vida real foi o velório do padre que dava conselhos a Chico Xavier quando, ainda criança, ele se comunicava com a mãe desencarnada. A situação na verdade não ocorreu, foi apenas uma “licença poética”, lembrada pelo presidente da Sociedade Espírita de Joinville, Alberto Ferreira. Inclusive, o padre Sebastião Scarzello, interpretado no filme, morreu há pouco tempo em Joinville, onde se tornou monsenhor da Igreja Católica.

Ferreira ressalta que não foi apenas o filme a fonte que despertou a curiosidade das pessoas. A novela que recém estreou na Rede Globo, “Escrito nas Estrelas”, também é baseada em uma obra de Chico Xavier, intitulada “E a Vida Continua”.

Seguindo a onda de sucesso de bilheteria, “Nosso Lar”, adaptação do best-seller de Chico Xavier, escrito em 1942, também ganhará adaptação para o cinema. O longa-metragem que trata da história de um médico atuando no mundo espiritual tem estreia prevista para setembro. Outro trabalho que será lançado em breve é o de Luis Eduardo Girão, que no ano passado financiou “Bezerra de Menezes” e, agora, retorna com o longa “As Mães de Chico Xavier”.
AN.com.br
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A ÁGUIA E O PARDAL


Autor
José Campos Júnior



O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia. Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser. Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza...
Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o. Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta. A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:
- Por que estás a me vigiar, Andala?
- Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.
- E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?
- Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho...
O pardal suspirou olhando para o chão... E disse:
- Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão bela. Passo o dia a observar-te.
- E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.
- Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas... Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente...
- Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!
E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:
- Andala, apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos. Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho. Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade em teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre! Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade. Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha!


sexta-feira, 23 de abril de 2010

CARIDADE, A META


Joanna de Ângelis

Guarda, na mente, que a caridade em teus atos deve ser a luz que vence a sombra.
Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da virtude por excelência.
Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade.
Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia.
Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-te de um mister de pequena monta.
Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade.
Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude superior.
A caridade é algo maior do que o simples ato de dar.
Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta. Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.
A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria sócio-econômica, visíveis em toda parte.
Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto.
A indulgência, em relação aos ingratos e agressivos;
a compaixão, diante dos presunçosos e perversos;
a tolerância, em favor dos ofensores;
a humildade, quando desafiado ao duelo da insensatez;
a piedade, dirigida ao opressor e déspota;
a oração intercessória, pelo adversário;
a paciência enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos outros;
a educação, que rompe as algemas da estupidez e da maldade que se agasalham nas furnas da ignorância gerando a delinqüência e a loucura...
A caridade moral é desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho.
Exercendo-a, recorda também da caridade em relação a ti mesmo.
Jesus, convivendo com os homens, lecionou exemplificando todas as modalidades da caridade, permanecendo até hoje como o protótipo mais perfeito que se conhece, tornando-a a luz do gesto, que vence a sombra do mal, através da ação do amor.
Caridade, pois, eis a meta.

Psicografia de Divaldo P. Franco - Vigilância

quinta-feira, 22 de abril de 2010

ANSIEDADE?... MANDE EMBORA


JOANA DE ANGELIS

A ansiedade traduz desarmonia interior, insegurança e insatisfação.
É a crença no inconformismo, do qual decorre a incerteza em torno das ocorrências do cotidiano.
O ansioso perturba-se e perturba.
No seu estado de ansiedade, desgasta-se e exaure aqueles que se lhe submetem ou com quem convive.
A ansiedade pode ser considerada como um fenômeno de desequilíbrio emocional.
Littré, o eminente pensador positivista, afirmava que a "inquietação, a ansiedade e a angústia são manifestações de um mesmo estado".
Mediante exercício da vontade e recorrendo-se à terapia especializada, a ansiedade se transforma em clima de paciência, aprendendo a aguardar no tempo, na hora e no lugar próprios, o que deve suceder.
Se experimentas contínuos estados de ansiedade, pára a meditar e propõe-te renovação de conceito espiritual.

(Jornal Espírita Nova Luz Jul/Ago 2001)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A PRESENÇA DO AMOR







Joanna de Ângelis

O amor — alma da vida — é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de Deus.
Onde quer que se expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade para melhor.
No amor se encontram todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos atavismos que, por enquanto, predominam em a natureza humana.
Por não se identificar com o amor na sua realização incessante, a criatura posterga a conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem.
Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta e difícil.
Em qualquer circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas.
Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que melhor expressa todas as conquistas do pensamento.
Se te encontras sob a alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.
A noite tempestuosa e sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas.
Se o julgamento descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.
O sarçal aparentemente amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor.
Se defrontas a enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama.
O deserto de hoje foi berço generoso de vida e pode, de um momento para outro, sob carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir.
O amor é bênção de que dispões em todos os dias da tua vida para avançares e conquistares espaços no rumo da evolução.
Não te canses de amar, sejam quais forem as circunstâncias por mais ásperas se te apresentem.
A Doutrina de Jesus, ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé em consórcio de legítimo amor.

Psicografia de Divaldo P. Franco - Viver e Ama

terça-feira, 20 de abril de 2010

NA HORA DO SILÊNCIO




André Luiz

Quando te encontrares em qualquer dificuldade emocional, recorda o silêncio como instrumento divino de construção e paz.
Confuso, ele te ajudará a encontrar soluções adequadas.
Indeciso, ele te ajudará a fortalecer a idéia de maior equilíbrio.
Desacreditado, ele te ajudará a reconhecer que o mais importante é acreditares em ti mesmo.
Perseguido, ele te ajudará a compreender os perseguidores.
Injuriado, ele te ajudará a continuar apesar dos espinhos.
Vencido, ele te ajudará no refazimento de tuas forças.
Revoltado, ele te ajudará a entender o valor da resignação no processo de auto-aperfeiçoamento.
Ressentido, ele te ajudará a lutar contra o melindre.
Injustiçado, ele te ajudará a perceber que o perdão rompe a cadeia do mal.
Incompreendido, ele te ajudará a sustentar a paciência.
Toda vez que te sentires em dificuldades emocionais, pensa um pouco mais antes de qualquer atitude impetuosa e recorda que, diante de Pilatos, o silêncio de Jesus representou, para sempre, a vitória do bem imperecível sobre a incompreensão transitória.

Do livro “Decisão”. – Psicografia de Antônio Baduy Filho

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CONVITES DA VIDA





Joana de ÂngelIs

"...O senhor pondo-se ao lado, dele (Paulo), disse: Tem bom ânimo." (Atos:23-11.)

"Sorte madrasta!" desabafaste, após a dificuldade que te chegou de surpresa.
"Tudo de ruim me acontece!" - Proferiste, em desalinho mental, após o problema intrincado que tomou corpo sem que o esperasses.
"Não poderia ser pior!" - Reclamaste em pleno clima do desespero que te absorveu.
Todavia, relegas o plano de olvido todas as coisas boas que vens fruindo, que possuis.
Faze um giro pelos hospitais onde estão os rebotalhos do sofrimento. Além daqueles ali albergados, há outros sofredores que experimentam maior soma de inquietações...
Multidões de mutilados estão lutando para se readaptarem à vida; cegos exercitam a memória e surdos-mudos aprendem leitura labial para saírem do isolamento em que se demoram; crianças retardadas se submetem a tratamentos técnicos, penosos; gagos corrigem a fala a duros penates; operados de intrincados problemas orgânicos deixam-se conduzir sob limitações coercitivas em difíceis processos para a sobrevivência física...
E as mães desassossegadas ante filhos inditosos, esposos traídos, irmãos malsinados, cujas dores passam ignoradas?
Sai da noite a que te recolhes em pessimismo, e tem coragem.
Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura.
Problemas são desafios à luta e dificuldades são testes de promoção espiritual.
Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição, recordando a necessidade de nobre aplicação dos valores de que dispões: visão, palavra, audição, movimento, lucidez e tantos outros, distribuindo bênçãos entre os que conduzem mais pesado fardo.
...E seja qual for a provação que te surpreenda, tem coragem!
O pior que pode acontecer a alguém é entregar-se à descrença, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão da estrada, sem arrimo.
Assim, confia em Deus, e, corajoso, prossegue de espírito tranqüilo.

A VIDA FUTURA


Autor:
Sônia Tozzi

Jesus falou com veemência sobre a vida futura como sendo o objeto das principais preocupações do homem sobre a Terra.
Sem a vida futura, a maior parte dos Seus preceitos morais não teria nenhuma razão de ser. Mas, na realidade, poucos se preocupam com essa vida, perdem-se nos desejos de consumo da vida física, acreditam nos prazeres e nas conquistas da matéria e lutam para alcançar posição de destaque no mundo dos encarnados, geralmente a qualquer preço.
Esquecem-se que o dia do retorno chegará infalivelmente para todos, acreditando ou não. Mas nesse dia estaremos prontos para seguir em direção ao Criador?
Todos nós ambicionamos a paz. Mas, erroneamente, sempre pensamos que os outros é que devem nos proporcionar a tão sonhada paz. Se realmente quisermos viver e usufruir da tranqüilidade e do equilíbrio devemos olhar para dentro de nos mesmos, mergulhar no nosso interior e perceber quem somos na verdade, qual a nossa postura frente à vida e, principalmente, frente a Deus.
A resposta é de cada um de nós. Somos herdeiros de nós mesmos. Os anos passam e, apesar de recebermos lições da vida a cada momento, de repente percebemos que nada sabemos sobre o amanhã porque sempre vivemos distraídos e não conseguimos perceber que a vida futura é real, e será lá, nesse mundo, que iremos encontrar nossas respostas, nos defrontar com tudo o que fizemos enquanto encarnados e a partir daí ocupar o lugar que merecermos.
Os homens sem fé, sem amor ao próximo, que não sentem compaixão pelo sofrimento alheio, vivem como se nunca fossem morrer e, não raro, morrem como se nunca tivessem existido. A maior herança que deixamos é o bem que praticamos.
Na vida futura não se usa máscara. Acreditar nessa vida depois de amanhã, que chegará para todos com absoluta certeza, não faz de ninguém um tolo. Ao contrário, tolo é o que mente e finge que não escuta as propostas do bem e do amor para não ter que se modificar. Deus coloca em nosso caminho pessoas que, de uma forma ou de outra, nos ajudam a encontrar a direção segura, pessoas que acreditam na Liberdade, Fraternidade e Igualdade, e lutam bravamente para viver dentro desse conceito.
As palavras de Jesus estão se misturando, se perdendo nas atitudes enganosas de falsos profetas. Isso nos faz crer que todos estão surdos, o egoísmo só escuta o que lhe convém, o orgulho nos cega e não nos deixa perceber que as sete maravilhas do mundo estão dentro de nós mesmos.
Quais são elas? Alguém as definiu com sabedoria: ver, ouvir, tocar, sentir, rir, se expressar e, a maior de todas, ter a capacidade de amar com a mesma força que Jesus nos ensinou. Mas, para que isso aconteça, necessário se faz querer.
Devemos falar de amor o mais que pudermos. E ter muito cuidado com a palavra "depois" porque ela significa fora do tempo ou tarde demais. Preencher nossa mente com conteúdo, não cair na tendência de julgar os outros e entender que tudo podemos colorir, até nossa dor, quando entendemos o significado dela. O choro manso, sem revolta ou ira, nos é permitido porque ele ajuda a limpar a nossa alma e impede o homem de explodir.
Muitas vezes devemos ser o silêncio para calar a voz que atordoa o coração e, nesse silêncio, entender que o perdão e o esquecimento das ofensas nos tornam mais jovens, apesar das marcas do tempo em nosso rosto, e mais felizes mesmo sendo alvo das aflições.
Necessário se faz acordar do orgulho excessivo, do egoísmo, da preguiça, da intolerância e da imprudência antes que não tenhamos mais nada a perder, porque muitas vezes o que perdemos torna-se impossível de reaver.
Quem se prepara para esta vida, mas não para a vida eterna, é sábio por um momento, mas tolo para sempre, disse São Mateus. E Emmanuel completa que "encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre".
João Evangelista, o apóstolo do amor, disse para aqueles que o acompanhavam:
"Ninguém pode amar sem perdoar...
Ninguém pode perdoar sem entender...
Ninguém pode entender sem analisar...
Ninguém pode analisar com bom senso sem sentir no coração a fraternidade que se transforma para os outros em variadas modalidades do bem".
Que o Divino Mestre ilumine nosso coração.

domingo, 18 de abril de 2010

O VERDADEIRO ESPÍRITA




Jamil Salomão


“O espírita é reconhecido pelo esforço que faz para sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal.” – Allan Kardec


O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.
O que acontece com freqüência, seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será mais cômodo não assumir uma postura mais responsável ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de vista de definição pessoal.
A propósito, lembro-me de ter ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que freqüentam os Centros Espíritas para os habituais Passes e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima noção do que representa o Passe e a água. Para esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se de “catóritas”. Engraçado, não!?
Como chamar os espíritas que se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão com as tradições da Igreja Católica, etc?
Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando aos seus freqüentadores, além do Passe e da Água Fluidificada, a orientação doutrinária, para maior compreensão dos princípios básicos que devem nortear o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente, o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade, mais convincente, porque passará a distinguir o que é ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação dos Benfeitores Espirituais.
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” – Bezerra de Menezes
(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998)

sábado, 17 de abril de 2010

SEMPRE ADIANTE



Caminho, Verdade e Vida
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier
"Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também escravo."
(II Pedro, 2:19)


O Espírito encarnado, a fim de alcançar os altos objetivos da vida, precisa reconhecer sua condição de aprendiz, extraindo o proveito de cada experiência sem escravizar-se.
O dinheiro ou a necessidade material, a doença e a saúde do corpo são condições educativas de imenso valor para os que saibam aproveitar o ensejo de elevação em sua essência legítima.
Infelizmente, porém, de maneira geral, a criatura apenas reconhece semelhantes verdades quando se abeira da transformação pela morte do corpo terrestre.
Raras pessoas transitam de uma situação para outra com a dignidade devida. Comumente, se um rico é transferido a lugar de escassez, dá-se a tão extremas lamentações que acaba vencido, como servo miserável da mendicância; se o pobre é conduzido a elevada posição financeira, não raro se transforma em ordenador insensato, escravizando-se à extravagância e à tirania.
É imprescindível muito cuidado para que as posições transitórias não paralisem os vôos da alma.
Guarda retidão de consciência e atira-te ao trabalho edificante; então, a teus olhos, toda situação representará oportunidade de atingir o "mais alto" e o "mais além".

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Cristo Espera por Ti


Sim, Ele te espera! Não como o imaginas entre os esplendores do mundo... Seu chamado está ainda hoje em meio dos sofredores e desvalidos que lhe desejam receber a proteção. Não te detenhas! Recorda que muitos foram os chamados; poucos dos que foram escolhidos 0 serviram! É que a tarefa de servir ao Senhor é grande demais para abraçá-la sem amor!...

Começa a sublime procura, sem a falsa ilusão das vantagens passageiras. Esquece-te servindo sem parar em prol do bem comum. Aprende a renunciar aos caprichos pessoais a fim de que, através da tua presença na Terra, o Cristo encontre a possibilidade de estender os braços da caridade e do bem em favor de todos...

Não recuses o favor de servir à frente de acontecimentos aparentemente fracassados..!. Faze tudo quanto estiver ao teu alcance, para que tudo se reequilibre e harmonize... Avança intimorato na direção do supremo Bem!

Constrói a fé inabalável, na crença da imortalidade dentro do próprio ser, para que ela te escude contra todas as investidas do desânimo à frente das passagens transitórias que deprimem e enganam.

O problema é crer no poder efetivo e real do bem, para tirar dele os recursos necessários e indispensáveis para andar. Uma vez conseguido esta vitória em nós a trajetória que nos leva para Deus, se torna fácil. Fácil, porque não mais revidamos contra qualquer força do mal. Aceitamos os revides do caminho, com a couraça do amor, fazendo aos outros, não aquilo que nos fazem, e sim, aquilo que desejaríamos nos fizessem.

Cristo espera por ti! Por todos nós! Unamo-nos para ir ao seu encontro! Porém, tomemos cuidado para não perde-¬Lo de vista O caminho se estende e amplia de acordo com a posição que avançamos. Ontem nos acenava de longe junto da grande massa de sofredores e oprimidos. Hoje, quem sabe se encontre perto de nós, bem do lado do irmão que nos comunga às horas do dia a dia dentro do próprio lar?! Apenas que por estar tão perto, não lhe distinguimos a imagem.

Temos aprendido a andar para a frente para irmos ao seu encontro, mas isto não basta. É preciso aprender a nos elevarmos, para que nada nos cubra a visão e possamos enxergá-Lo para servi-Lo em todas as direções visando o infinito que nos acena e circunda.

Ontem, a tarefa consistia em andar para frente, e como o caminho surgia reto, bastou a companhia do irmão do lado, para andar. Mas, hoje não. À visão é outra. O caminho de ontem permanece aberto, mas, o Senhor não está mais lá. Agora não o vemos como outrora, embora saibamos que existe. Necessário, portanto, usarmos os recursos próprios, levantando uma atalaia que nos permita visão sem entraves. Já não mais os recursos alheios! Agora dependemos exclusivamente dos nossos!...

A tarefa não é fácil, mas devemos nos empenhar em começá-la o quanto antes, do contrário poderemos perde-¬Lo de vista por séculos incontáveis, no emaranhado sofrimento da solidão, formando parte das grandes massas que não 0 viram, e que portanto não Lhe conhecem o roteiro de amor e paz.

Levanta-te . Não te detenhas ! Começa a treinar o exercício da paciência com bondade dentro do próprio lar. Não esperes que os corações irmãos te compreendam, e muito menos que te obedeçam. A paciência, recorda, para ser verdadeira não exige nada de ninguém.

Jamais se altera por coisa alguma, a não ser para servir mais no setor que se apresenta desajustado ou frágil. Seu objetivo é o bem de todos. Sabe que o caminho é longo e que tarefa reclama colaboração... Não encontra motivo de tristeza nem se entrega ao desânimo porque sabe que tudo se modifica e renova... Encontra na própria dor, o motivo da sua existência e luta com mais afinco junto do bem, para a vitória da paz em meio de todos.

Enquanto não tenhas vencido os impulsos da prepotência, do orgulho e da vaidade, a paciência em ti, será falsa. Toma cuidado! Recorda que o problema da vitória do dia de hoje está em ti, em mais ninguém. Convém, portanto, vigilância em tuas ações, que são o produto de tua conquista real até a hora presente. Deixa de ser o supervisor dos defeitos alheios, para ter mais tempo na supervisão íntima. Não percas tempo! Amanhã poderá ser tarde! Serve e serve ,sem parar em favor do bem comum.

É no serviço constante do amor que nada espera e que tudo dá, junto ao próximo mais próximo dentro do lar, que avistaremos novamente a imagem do Senhor, convidando-nos desta vez, a segui-Lo no grande mar da vida, onde nos confiará a tarefa abençoada da iluminação nos corações humanos, através do esforço e da renúncia constantes sem constrangimentos nem dúvidas em nossa alma.

Abraça o madeiro da dor, subindo da base para o cimo, e lá, bem no alto, encontrarás o Senhor que te abraçará evitando-¬te a queda. E, uma vez tenhas firmado os pés no lugar em que Ele se encontra, te mostrará o pranto da grande família humana, e a necessidade de retornar entre os aflitos e sofredores para consolá-los, ampara-los e encaminhá-los no reino da eterna luz.

Esta é a Lei: "Amar, o próximo como a si mesmo, e fazer aos outros aquilo que desejaríamos nos fizessem".

A caminhada não tem fim. Até a completa integração com Deus, que é a perfeição absoluta da alma em todos os sentidos e direções, o campo de ação em nós, será sempre servir e servir para que a paz, o amor e a caridade nos garantam a alma, na marcha ascensional.

Unamo-nos, portanto, às falanges amigas da verdade e do bem, estendendo a caridade da compreensão em torno de nós, para que a verdadeira fraternidade não exclua a necessidade do perdão em todas as direções do caminho a nosso favor.


Médium:
Aurora Barba

quinta-feira, 15 de abril de 2010

PRECIOSIDADE DO TEMPO




Se existisse um banco que nos creditasse em conta 86.400 moedas todas as manhãs mas, que não transferisse o saldo de um dia para o seguinte, que não nos permitisse conservar esse capital e, no final do dia, cancelasse a parte dessa quantia que não tivéssemos usado, o que é que faríamos?
Possivelmente, a nossa atitude seria de sacar até o último centavo cada dia e aproveitar todo o dinheiro, adquirindo o que desejamos, investindo em jóias, livros, imóveis, viagens. Enfim, em tudo aquilo que se constitui os nossos sonhos.
Pois bem. Tal banco existe e se chama tempo.
Cada dia nos deposita 86.400 segundos e toda noite dá por perdidos todos aqueles que deixamos de aplicar com proveito.
Jamais transfere os saldos, nem permite que se gaste, diariamente, além dos segundos que se dispõe.
Quando não utilizamos o disponível no dia, quem perde somos somente nós mesmos.
Não existe possibilidade da recuperação dos fundos perdidos e não há condição alguma de se passar um cheque pré-datado, nem para o dia seguinte.
* * *
A maioria das pessoas não percebemos ainda os valores do tempo.
Existem aqueles de nós que abusamos desse tesouro, julgando que a riqueza nos é devida por Deus, esquecendo-nos de bem aproveitá-la.
Oportuna a indagação, portanto, acerca do que fazemos do nosso tempo. Quantos o aniquilamos de qualquer forma. A própria sabedoria popular já afirma: matar o tempo.
Muitos de nós o matamos em futilidades, com fofocas, calúnias e maledicências, semeando infelicidade nas alheias vidas e para si mesmo.
Alguns de nós que priorizamos os bens materiais, afervoramo-nos à idéia de que tempo é dinheiro. Contudo, se nos empenhamos em demasia nas horas do trabalho que nos concedam maiores lucros, igualmente desprezamos as horas em conversas que não edificam, programas que nada acrescentam ao sentimento nobre ou ao intelecto.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade dos segundos, complicando os caminhos dos homens.
A Lei Divina estabelece, em Sua sabedoria, que todo excesso merece escassez e todo abuso exigirá restrições, porque em questão de tempo também cada um recebe exatamente o que semeia.
Este o motivo pelo qual alguns que aprendemos o valor do tempo e desejamos muito realizar, na atualidade, percebemos que não dispomos de todo o tempo que desejaríamos para tal, esforçando-nos para agir sem perder a chance dourada dos minutos que passam com rapidez.
Um dia de doação ao outro, empenho no bem, cultivo da harmonia e iluminação é muito importante para os homens, na sagrada execução das Leis Divinas.
* * *
O apóstolo Paulo de Tarso, em sua Epístola aos Romanos, assinalou a importância do tempo, afirmando que aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz.
Já reconhecia ele que o tempo é igualmente talento que o Pai nos concede, e como qualquer talento, não merece ser enterrado, no solo da inutilidade, mas utilizado com sabedoria para que suas bênçãos sejam multiplicadas.


Redação do Momento Espírita com base no cap.1 do livro Caminho, verdade e vida,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb, e no cap.
A verdadeira riqueza, do livro Um presente especial, de
Roger Patrón Luján, ed. Aquariana.
Em 06.02.2009

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DISCIPLINA


Chico Xavier:
- Quem abandona o cultivo de si mesmo permite que o matagal de suas imperfeições tome conta da alma. Sem disciplina, o espírito não avança. Se eu não me submetesse à disciplina na mediunidade, o esforço dos Espíritos teria sido em vão. O médium tem que ter horário. Não é ser escravo do relógio, mas também não é ignorar o valor do tempo.


Do livro "Orações de Chico Xavier", do escritor Carlos A. Baccelli, editado em abril de 2003, pela Livraria Espírita Edições "Pedro e Paulo", sendo que os seus direitos autorais foram doados às obras assistenciais do Lar Espírita "Pedro e Paulo". Uberaba - MG

Enviado por Luz do Evangelho - luzdoevangelho@aol.com

terça-feira, 13 de abril de 2010

EQUILÍBRIO


"Conhece-te a ti mesmo"- diz a filosofia, e, para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Chico Xavier" segue em primeiro lugar nas bilheterias brasileiras.


O filme "Chico Xavier", de Daniel Filho, levou mais de 1,3 milhão de pessoas aos cinemas em dez dias de exibição e permanece em primeiro lugar no ranking das bilheterias brasileiras, à frente da animação "Como Treinar Seu Dragão". A cinebiografia do médium arrecadou mais de R$ 13 milhões e, com isso, o número inicial de 340 cópias em circulação será mantido pelo consórcio formado entre Downtown Filmes e Sony Pictures. [Os números finais do fim de semana, segundo a Doentown, são: 1.390.331 ingressos vendidos e R$ 13.225.274 de renda.]

O filme bateu o recorde de maior abertura de uma produção nacional nos últimos 20 anos, ultrapassando o "Se Eu Fosse Você 2", do mesmo diretor. No fim de semana de estreia, 586 mil pessoas foram aos cinemas. "Chico Xavier" estreou dia 2 de abril, centenário de nascimento do médium. As primeiras sessões oficiais do filme foram em Uberaba, cidade que Chico escolheu para viver, e Pedro Leopoldo, sua cidade natal. O filme também teve pré-estreia em Paulínia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Com orçamento de R$ 12 milhões, "Chico Xavier" tem Nelson Xavier, Ângelo Antônio e Matheus Costa interpretando o médium nas três fases da vida – maduro, adulto e criança. E mais uma série de nomes consagrados no elenco, como Tony Ramos, Christiane Torloni, Leticia Sabatella e Giulia Gam.

sábado, 10 de abril de 2010

ANIVERSÁRIO DA REVISTA O CONSOLADOR



A revista O Consolador
faz três anos


Em 18 de abril de 2007, quando esta revista surgiu, ninguém poderia imaginar o que nos aguardava. Afinal, o preparo de uma edição semanal de uma revista depende do concurso de muitas pessoas, como afirma o editorial desta semana intitulado 36 meses depois.
Dentre os destaques da semana, chamamos atenção para a entrevista que Divaldo Franco concedeu à jornalista Fernanda Borges, na qual o conhecido confrade analisa diversos assuntos da atualidade e afirma que Chico Xavier é um exemplo digno de ser seguido por qualquer pessoa.
Outro destaque da edição é o Especial de Angélica Reis sobre o terceiro aniversário desta revista que, em 36 meses de existência, já foi acessada em 95 países dos cinco continentes do globo e da qual se registraram, no mesmo período, 3.488.187 impressões de páginas e 657.790 downloads.
O confrade Nuno Emanuel, nosso Correspondente em Lisboa, conta-nos como foi o Seminário promovido pelo Grupo Espírita Batuíra no auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa em Homenagem aos 100 anos do Nascimento de Chico Xavier. A reportagem é igualmente um dos destaques desta edição.
*
Num dia como hoje – 11 de abril – no longínquo ano de 1900 desencarnou no Rio de Janeiro Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, o Médico dos Pobres, que completaria em agosto daquele ano 69 anos de idade. Nascido em Riacho do Sangue (CE), Bezerra de Menezes foi médico, político, escritor, jornalista e um dos expoentes do Movimento Espírita no Brasil.

Diretor de Redação: Astolfo O. de Oliveira Filho
Diretor Administrativo: José Carlos Munhoz Pinto