terça-feira, 3 de agosto de 2010

Palavras aos Enfermos



Toda enfermidade do corpo é processo educativo
para a alma.
Receber, porém, a visitação benéfica entre
manifestações de revolta é o mesmo que
recusar as vantagens da lição,
rasgando o livro que no-la transmite.
A dor física, pacientemente suportada,
é golpe de buril divino,
realizando o aperfeiçoamento espiritual.
Tenho encontrado companheiros a irradiarem
sublime luz do peito, como se guardassem
lâmpadas acesas dentro do tórax.
Em maior parte, são irmão que aceitaram,
com serenidade, as dores longas que a
Providência lhes endereçou, a benefício
deles mesmos.
Em compensação, tenho sido defrontado por
grande número de ex-tuberculosos e ex-leprosos,
em lamentável posição
de desequilíbrio, afundados muitos deles
em charcos de treva,
porque a modéstia lhes constituiu tão
somente motivo de insubmissão.
O doente desesperado é sempre digno de
piedade, porque não existe sofrimento sem
finalidade de purificação e elevação.
A enfermidade ligeira é aviso.
A queda violenta das forças é advertência.
A doença prolongada é sempre renovação
de caminho para o bem.
A moléstia incurável no corpo é reajustamento
da alma eterna.
Todos os padecimentos da carne se convertem,
com o tempo, em claridade interior, quando o
enfermo sabe manter a paciência,
aceitando o trabalho regenerativo por
bênção da Infinita Bondade.
Quem sustenta a calma e a fé, nos dias
de aflição, encontrará a paz
com brevidade e segurança, porque a dor,
em todas as ocasiões,
é a serva bendita de Deus, que nos procura,
em nome dele a fim de levar a efeito, dentro
de nós, o serviço da perfeição
que ainda não sabemos realizar.
Ditada Pelo Espírito de
Néio Lúcio ao
( Chico Xavier )

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