Mediunidade sem exercício no bem, é semelhante ao título profissional sem a função que lhe corresponde.
A medicina é venerável em suas finalidades, mas se o médico abomina os doentes, não lhe vale o ingresso no apostolado da cura.
A lavoura é serviço que assegura à comunidade o pão de cada dia, contudo, se o homem do campo odeia o arado, preferindo acomodar-se com a inércia, debalde a gleba em suas mãos recolherá o apoio do sol e a bênção da chuva.
Mediunidade não é pretexto para situar-se a criatura no fenômeno exterior ou no êxtase inútil, à maneira da criança atordoada no deslumbramento da festa vulgar.
É, acima de tudo, caminho de árduo trabalho em que o espírito, chamado a servi-la, precisa consagrar o melhor das próprias forças para colaborar no desenvolvimento do bem.
O médium, por isso, será vigilante cultor do progresso, assistindo-lhe a obrigação de aprimorar-se incessantemente para refletir com mais segurança a palavra ou o alvitre, o pensamento ou a sugestão da Vida Maior.
Nesse sentido, sabendo que a experiência humana é vasta colméia de luta na qual enxameiam desencarnados de toda sorte, urge saiba ajustar-se à companhia de ordem superior, buscando no convívio de Espíritos Benevolentes e Sábios o clima ideal para a missão que lhe compete cumprir, significando isso disciplina constante no estudo nobre e ação incansável na beneficência em favor dos outros.
Essa é a única senda de acesso à vida mais alta, através da qual, auxiliando sem a preocupação de ser auxiliado, servindo sem exigência e distribuindo, sem retribuição, os talentos que recebe, poderá o medianeiro honrar efetivamente a mediunidade, por ela espalhando os frutos de Paz e Amor que lhe repontam da vida, em marcha gradativa para a Grande Luz.
"MEDIUNIDADE E SINTONIA"
EMMANUEL
EMMANUEL
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